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20170709 almoço cdu arganil

Realizou-se o almoço da CDU em Arganil com intervençőes de António Lopes, primeiro candidato à Assembleia Municipal, José Tiago, primeiro candidato à Câmara Municipal, Vladimiro Vale, da CP do CC do PCP e Francisco Lopes, do Secretariado e da CP do CC do PCP.

Nas intervenções afirmou-se que CDU prepara as próximas eleições autárquicas com profundas preocupações sobre o futuro do Concelho de Arganil.Tiago Almeida lançou a interrogação “como é que o cidadão eleitor poderá ter “Confiança no Futuro” e como vai ter “Força a Arganil?”? Quando se perspetivam as mesma práticas politicas de há 41 anos a esta parte. Práticas que nos conduziram à situação económica e social de um Concelho sem dinâmica económica (empresarial e comercial), com desemprego, perda de postos de trabalho, desertificação acentuada, com a sua população envelhecida, elevado índice de migração temporária e definitiva (interna e regional) e diminuição da natalidade. Tudo fatores que comprometem a coesão e identidade coletiva do Concelho.”

Na iniciativa foi reafirmado o contributo da CDU e dos seus eleitos no último mandato e que é chegado o momento de mudar. O Município de Arganil deve assumir o indiscutível papel de promoção do Concelho, numa perspetiva de coesão interna em interação com os demais municípios vizinhos, cada vez mais assente na valorização das potencialidades coletivas e cada vez menos no pensamento isolado, que não visa uma perspetiva de desenvolvimento económico e social sustentado. Afirmando que “É preciso que todos percebamos que está em causa o futuro do Concelho e esse futuro é cada vez mais regional e coletivo.”

Reafirmaram-se as posições da CDU de:

- VALORIZAÇÃO DOS SERVIÇOS MUNICIPAIS E DOS SEUS TRABALHADORES

A principal preocupação do Município deve centrar-se na resolução atempada dos problemas do seu Povo e na melhoria da sua qualidade de vida e no respeito e valorização do trabalho.

- MELHORIA E REQUALIFICAÇÃO DE ACESSIBILIDADES.A ligação entre Arganil e Coja já não corresponde às necessidades atuais, impondo-se, por isso, a criação de uma via rápida, indispensável ao desenvolvimento e animação económica e turística o Concelho, independentemente das reparações que se mostrem necessárias na atual via.

Acresce: a importância quanto à conclusão do IC6 com ligação à Covilhã e Celorico da Beira; que é urgente dotar o aeródromo de Coja com condições à sua utilização regular;

- AMBIENTE. A defesa do ambiente - águas de abastecimento público, águas residuais, águas das praias fluviais, resíduos sólidos urbanos e o ruído, etc. E o combate à degradação ambiental do Vale do Alva, agravada, em parte pelo facto da mini Hídrica de Avô e de Rei de Moinho não respeitarem a obrigação de restabelecer o caudal ecológico do Rio Alva de Maio a Setembro, encerrando a laboração.

- EDUCAÇÃO E ENSINO. As competências que cabem ao Município no âmbito da construção, apetrechamento e manutenção dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do ensino básico, transportes escolares, gestão de refeitórios, comparticipação no apoio às crianças, etc. serão sempre uma preocupação.

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- TURISMO, PATRIMÓNIO, CULTURA, TEMPOS LIVRES E DESPORTO. O

A CDU tem evidenciado que o Concelho é detentor de um conjunto impar de valores naturais, que permitem a criação de itinerários de turismo de cultura em parceria com organizações nacionais e internacionais, que convidem o público a viajar pelo Concelho para conhecer nos seus contextos originais os mais importantes sítios arqueológicos (Lomba do Canho e Chãs de Égua) e naturais de grande beleza (Fraga da Pena, Mata da Margaraça, Monte Alto, Vale do Alva, etc.), património edificado (Capela de S. Pedro e Póvoa da Rainha Santa, Quinta do Mosteiro, Piódão, Vila Cova de Alva, Teatro Alves Coelho, etc.), parques de campismo, etc., que deverão ser aproveitados e rentabilizados, aliados às tradições gastronómicas, à cultura, ao património e à história do Concelho, etc..

- SAÚDE – Defesa do Serviço Nacional de Saúde abrangente e universal. Exigir maior número de médicos de modo a diminuir a sobrecarga, eliminar as dificuldades de acompanhamento médico e assegurar o funcionamento das extensões, essencialmente com população idosa e mais afastadas de Arganil e de Coja.

- ORDENAMENTO E VALORIZAÇÃO FLORESTAL, PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO. Sendo o Concelho de Arganil predominantemente florestal e considerando a sua importância económica, pesem embora as dificuldades que o setor está a sofrer, devido à desvalorização do preço da madeira, ao abandono florestal, à desertificação humana das áreas serranas, à destruição de povoamentos de pinheiro bravo, ao aumento de povoamentos de eucalipto, diminuição de áreas agrícolas com ocupação por espécies daninhas e matos, vimos afirmando que as medidas para a sua valorização têm de centrar-se nos rendimentos dos produtores; na defesa dos Baldios e do seu uso e gestão pelos povos, com os apoios necessários; na elaboração do Cadastro Florestal, investindo os meios necessários para tal tarefa; na atribuição de mais meios públicos – humanos, técnicos, financeiros e materiais – às estruturas do Estado que intervêm na floresta; e na valorização do peso do pinheiro bravo e de espécies autóctones, face ao eucalipto. Para a CDU é a adequada remuneração da atividade florestal que estimula a sua gestão.

Em matéria de ordenamento florestal um dos objetivos essenciais visa o seu uso múltiplo, evitando também a perda da biodiversidade, mediante a aplicação de princípios de gestão das atividades silvícolas e das que produzem material lenhoso em harmonia com a conservação das zoocenoses, beneficiando igualmente da presença de fauna bravia, controlo de pragas, rentabilidade económica da atividade cinegética e do ecoturismo.

No âmbito das atividades de prevenção dos fogos florestais e para além das medidas já preconizadas, é necessária a execução de medidas que contribuam para a redução do combustível florestal, associadas ao aproveitamento de biomassa para fins energéticos, mediante a instalação de uma Central de Incineração, que envolvesse proprietários, empresas de limpeza florestal e autarquias.

- PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO. É inquestionável que o setor industrial e o pequeno comércio vivem uma crise sem fim à vista. Por isso mostra-se necessário estudar, urgentemente, as formas de apoio, que garantam a manutenção/sobrevivência das empresas existentes.