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Uma delegação da CDU reuniu com a Associação dos Bombeiros Voluntários Argus, em Arganil. Tiago Almeida, Candidato à Câmara, António Lopes, Candidato à Assembleia Municipal e Vladimiro Vale da Comissão Política do PCP, tiveram oportunidade de ouvir os representantes da Associação que transmitiram preocupações com as questões do ordenamento florestal, a necessidade de apoio ao voluntariado, a necessidade de equipas permanentes e de equipas de sapadores florestais ao nível das freguesias.
 
A delegação da CDU transmitiu o seu reconhecimento pelo trabalho dos bombeiros, abordou a necessidade de um plano de ordenamento do concelho, a necessidade de contrariar as políticas de preços da madeira e subprodutos para minorar os efeitos do monopólio das celuloses e do  sector da cortiça. Abordou ainda a necessidade de valorização dos matos através de uma central de biomassa para a produção de energia, assim como a maior aposta em projectos de aproveitamento de rebanhos na zonas da serra. 
 
Os candidatos da CDU transmitiram ainda as conclusões da audição realizada pelo PCP na AR sobre as questões dos Bombeiros, salientando que os "bombeiros trabalham num quadro de ausência de políticas efectivas de prevenção de riscos ao nível dos incêndios, cheias, sismos, riscos urbanos, portuários ou marítimos; de tentativas de governamentalização e controlo, essencialmente através da Autoridade Nacional de Protecção Civil; de subfinanciamento geral; da tentativa de passar responsabilidades para as Autarquias e para os Bombeiros sem transferência dos meios financeiros; de falta de apoio para a melhoria das instalações e reequipamento; de falta de apoio e incentivo ao voluntariado.

Entretanto, o DECIF/2017 (Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais), foi pensado na linha dos anteriores, mantendo-se activo apenas durante três meses, quando deveria estar disponível durante todo o ano, e com a redução dos efectivos que lhe estão associados, tanto mais grave quanto a capacidade operacional dos corpos de bombeiros se ressente das reduções no financiamento governamental."

Abordou-se ainda o facto de o País anda há anos sem criar as 500 equipas de sapadores florestais, previstas para 2012, no Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, quando hoje temos menos de 300 equipas. O que não pode ser desligado da aceitação submissa, das imposições da UE quanto aos limites do défice, e da despesa pública.

Debateu-se ainda a necessidade de presença permanente na floresta, para assegurar a vigilância, a fiscalização, a actuação em caso de prevaricação, que foi muito afectada pela extinção, em 2006, do Corpo de Guardas Florestais e, desde aí, pela rejeição das propostas do PCP para o reactivar. E o brutal ataque que paulatinamente tem sido perpetrado contra as funções sociais do Estado, contra a Administração Pública e os seus trabalhadores, cujas consequências estão agora à vista, no âmbito nomeadamente do ICNF e da Direcção Regional de Agricultura.