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A Direcção da Organização Regional de Coimbra do PCP, reunida a 6 de Junho de 2018, procedeu à analise da realização da IX Assembleia da Organização Regional, da situação do distrito e da luta dos trabalhadores e das populações e elegeu os seus organismos executivos.

A DORC do PCP fez um balanço muito positivo da IX Assembleia da Organização Regional, pelo grau de participação dos 149 delegados eleitos, dos muitos convidados institucionais e individuais e pelas mais de 40 intervenções ligadas à realidade vivida pelos trabalhadores e populações do distrito de Coimbra.

A DORC do PCP valorizou a aprovação por unanimidade daResolução Política, pelo que significou de unidade e coesão do Partido no Distrito, mas também pelo aprofundamento da análise dos problemas da região e das linhas a desenvolver para os superar. Reafirmou a necessidade de reforço do PCP e da sua intervenção e da dinamização da luta dos trabalhadores e das populações como condições decisivas para a concretização de um rumo alternativo para o distrito e para o País.

Na reunião foi sublinhada a composição do Organismo de Direcção eleito - com 49 membros ligados às empresas e locais de trabalho do distrito, ao Movimento Sindical Unitário e organizações representativas dos trabalhadores, ao movimento associativo e popular e às áreas da cultura, assim como, membros do PCP ligados às organizações do Partido nos concelhos do distrito. A nova composição da DORC do PCP correspondeu também a um esforço de renovação e rejuvenescimento.

Foram eleitos o Executivo e o Secretariado da DORC do PCP por unanimidade. O Secretariado eleito é composto por: Francisco Guerreiro, Graça Pedrosa, Jorge Raposo, Hermínio Martins, João Pires, José Gil e Vladimiro Vale como responsável pela Organização Regional do Partido ao nível da Comissão Política do Comité Central. O Executivo da DORC do PCP eleito é composto por: António Coelho, Alfredo Lourenço Pinto, Ana Ramôa, Celeste Duarte, Francisco Guerreiro, Fátima Pinhão, Francisco Queirós, Hermínio Martins, Inês Carvalho, Isménio Oliveira, José Gil, João Pires, Jorge Raposo e Lúcio Silva.

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Na IX Assembleia foi reafirmada a importância da intervenção e da luta do PCP na denúncia e combate à exploração e à precariedade laboral; na exigência da conclusão da obra hidroagrícola do Baixo Mondego; na reivindicação de medidas de apoio à produção industrial; na exigência de apoios às vítimas dos incêndios e ao restabelecimento da capacidade produtiva das zonas afectadas; no alerta para as consequências para o comércio tradicional da abertura de grandes superfícies comerciais; na luta contra o encerramento, privatização e destruição de serviços públicos, hospitais, maternidades, centros de saúde, escolas e estações de correio; contra a transformação da Universidade de Coimbra em fundação de direito privado, pela reivindicação de serviços de cuidados continuados no SNS, na reivindicação persistente de transportes públicos acessíveis a todos, reabrindo os Ramais Ferroviários da Lousã e da Pampilhosa e defendendo os SMTUC e a melhoria das acessibilidades.

Durante a reuniãofoi reafirmado que a influência política e social do PCP vai muito para além da sua expressão eleitoral e valorizado o papel central da intervenção unitária para o alargamento da luta de massas. Foi ainda afirmado que oreforço do Partido numa dada empresa ou sector contribui para o fortalecimento da estrutura sindical, o mesmo se passando com os movimentos dos reformados, da paz, estudantil, de agricultores, do mundo da cultura.

Relativamente à actual fase da vida potica nacional, a DORC do PCP realçou que é preciso ir mais longe na resposta aos problemas dos trabalhadores, do povo e do País, nomeadamente, aumentando os salários e o Salário Mínimo Nacional, eliminando as normas gravosas do Código de Trabalho, repondo as carreiras na administração pública, aumentando reformas e pensões, repondo o princípio do tratamento mais favorável aos trabalhadores, impedindo a caducidade da Contratação Colectiva, garantindo a igualdade salarial entre mulheres e homens, garantindo as 35 horas para todos os trabalhadores, defendendo e valorizando os serviços públicos, desenvolvendo a luta dos trabalhadores e das populações.

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A evolução da situação política continua, no entanto, a ser marcada pela contradição de fundo entre os elementos positivos que, pela luta dos trabalhadores e do povo e pela intervenção do PCP, foram conseguidos na defesa, reposição e conquista de direitos, e os problemas estruturais causados pela política de direita e pelos constrangimentos externos a que o Governo do PS continua a amarrar o País, impedindo o seu desenvolvimento soberano. É uma contradição de fundo que as forças do grande capital e dos sectores políticos a elas associadas, no PSD, no CDS e também no interior do PS tudo fazem para resolver a seu favor.

Nos últimos meses, verificou-se uma crescente aproximação e convergência do Governo do PS com o PSD e o CDS, expressas com particular clareza nas recentes votações parlamentares sobre legislação laboral. Esta situação adensa as justas preocupações em relação ao futuro imediato, nomeadamente no que respeita à evolução da política de recuperação de rendimentos e direitos, serviços e funções sociais do Estado e de promoção do desenvolvimento do País.

A DORC do PCP apela ao desenvolvimento da luta dos trabalhadores e das populações e em particular à participação na Jornada de Luta de 9 de Junho promovida pela CGTP-IN em Lisboa.

Coimbra, 7 de Junho de 2018

A DORC do PCP