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20181000 selo valorizar os trabalhadores

A Byeva no passado dia 1 de agosto ganhou o concurso publico de prestação de serviços de limpeza em alguns departamentos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, no polo 1.

No encontro do PCP com as trabalhadores disseram-nos:

Na anterior empresa só no Departamento de Ciências da Vida eram 10 trabalhadoras passou a 7 no novo concurso, tendo-se a nova empresa comprometido a dar trabalho ás outras 3.

Muitas das trabalhadoras estão a ir de férias sem lhes pagarem o subsídio. Outras trabalham 40h e só lhes pagam 35. Foram e são pressionadas para trabalhar enquanto estão de férias. Não tem mapa de horário nem de férias, não lhe são entregues recibos de vencimento. Tem ainda grande dificuldade em contactar com a empresa e quando o conseguem ainda são mal tratadas.

Quando colocam as questões aos supervisores de que o cliente (Universidade) quer falar com eles ou com a empresa dizem que não é nada com eles.

A empresa é muito ágil a exigir e muito pouco a cumprir!

A empresa não fornece os meios, tais como aspiradores. E os que são fornecidos estão partidos avariados, alguns deles vindos de outras empresas já falidas. Faltam detergentes e outros artigos de limpeza, impedindo a realização de um trabalho de qualidade.

Existem mesmo sectores sem qualquer material de trabalho, dizem-nos.

Consideram que são elas prejudicadas e as instituições.

Os trabalhadores trabalham, terão de receber atempadamente!

Sentem-se ainda mais revoltadas e injustiçadas pois já era conhecido que tipo de empresa estava a concorrer. O governo nada faz para apertar o cerco ao comportamento destas empresas que lesam os direitos dos trabalhadores e o erário público.

São conhecidos problemas idênticos noutros serviços públicos em Coimbra e a nível nacional, em que o caso mais recente foi a denúncia das trabalhadoras desta empresa na Assembleia Municipal de Águeda

Como é que uma instituição pública e o Governo assiste impávido e sereno a tudo isto.

Esta precaridade de trabalho e abusos patronais só é possível, porque os sucessivos governos da política de direita, pela mão do PS, PSD/CDS têm produzido leis de trabalho que retira direitos aos trabalhadores, desarticula serviços públicos e cria um clima de impunidade e desresponsabilização do patronato.

É entendimento do PCP que estes trabalhadores deviam pertencer aos quadros das empresas ou instituições (na sua maioria públicas) a quem prestam serviço.

Tal situação só se mantem porque o actual governo minoritário do PS tem votado contra, ao lado do PSD e CDS, as propostas do PCP principalmente da alteração das leis laborais e do aumento do salário mínimo para 650€.

Os trabalhadores podem contar com a solidariedade e intervenção do PCP na denuncia e defesa dos seus direitos.

Só a unidade e luta dos trabalhadores pode salvaguardar os seus direitos, defender a sua dignidade e aprofundar a mudança de politicas.