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mupi.jpgTal como divulgado ontem, o Vereador da CDU na Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Queirós, votou contra a proposta apresentada à reunião de Câmara pela maioria PSD, de deliberação no sentido da manifestação do interesse do município na proposta de fusão em “alta” entre a SIMLIS e a ÁGUAS DO MONDEGO SA e ainda sobre a proposta de remeter às ÁGUAS DO MONDEGO a manifestação do interesse do Município em aprofundar a parceria para as “baixas”.

A proposta acabou aliás por ser aprovada com os votos favoráveis da maioria e com os votos contra da CDU e do PS.

Na sequência duma reunião que roçou o caricato, vem agora o PS, através do Vereador e presidente da Comissão Concelhia de Coimbra, Carlos Cidade, acusar o Vereador da CDU de não ter aceite o repto que por si lhe foi feito, para abandonar a sala, não votando, e provocando a falta de quórum na reunião.

Importa então esclarecer:

Estarão, então, os Vereadores do PS a considerar como estratégia de intervenção nesta importante matéria abandonar a reunião, quebrando o quórum, sempre e cada vez que o executivo a inclua na ordem do dia?

É facto que o PS, assumindo a postura de vereação em regime de “quando em vez”, procura fugir às questões quando sente que o seu voto pode ser prejudicial para a sua imagem. São já, aliás, várias as vezes que ao longo deste mandato o PS abandonou as reuniões de Câmara, demitindo-se de votar e negligenciando o mandato que lhe foi conferido pelos eleitores de Coimbra, tal como aconteceu, por exemplo, na anterior reunião do executivo municipal, aquando da votação da proposta de referendo sobre a abertura das grandes superfícies nas tardes de domingos e feriados.

Não será de estranhar que o PS adopte este tipo de estratagemas. O mesmo PS, os mesmos vereadores socialistas, em plena reunião, enquanto faziam estas propostas, pareciam interessados em deixar passar a proposta do PSD, aliás consentânea com as propostas do Governo, desde que não saíssem “chamuscados” perante a opinião pública. Numa lógica de empurrar a discussão “com a barriga” mais não dizem afinal do que “continuem lá as conversas e negociações… mas não nos façam votar…”

Ora, isto não é sério!

É aliás uma muito estranha forma de entender e exercer a democracia!

A CDU é contra um tipo de exercício democrático do poder “às vezes”, quando convém.

Os munícipes, eleitores ou não da CDU, podem ficar cientes, que a CDU não foge às suas responsabilidades e que os seus representantes, tendo sido eleitos, estão presentes e decidem e votam, quer as grandes quer as pequenas questões.

 

Coimbra, 28 de Setembro de 2010