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Realizou-se no passado sábado dia 2 de Janeiro de 2010 o Encontro de natal dos motoristas de mercadorias que analisou a situação no sector.

Os participantes no encontro, comunistas e independentes, consideram que a atitude cada vez mais exploradora do patronato tem vindo a agravar-se com a prática de baixos salários, obrigando os motoristas a fazerem um horário escravo , pondo muitas das vezes, por falta de descanso, a sua vida em risco e mesmo a de outros.

Está a decorrer o processo de negociação de um novo contrato colectivo de trabalho entre os sindicatos e a Associação patronal ANTRAM .

Desde 1997 que os sindicatos não chegam a acordo com a ANTRAM por esta , sentindo o apoio de sucessivos governos PSD e PS, como se verificou com a aprovação dos códigos de trabalho do patronato , fazer propostas para a perda de direitos e de baixos salários.

A Associação Patronal, empolando a crise, continua com a mesma postura, agora agravada com o pedido de caducidade do contrato colectivo de trabalho, tentando provocar a perda abrupta de direitos, ficando os trabalhadores ainda mais fragilizados no combate contra a exploração patronal.

Os trabalhadores sem um contrato colectivo de trabalho é como se circulassem com o camião sem seguro.

A Existência de um contrato colectivo de trabalho é o nosso certificado de garantia.

Os presentes consideram a atitude da ANTRAM como indigna e atentatória dos seus direitos e por isso decidiram tornar pública a seguinte declaração:

Porque são desumanas as propostas da Associação Patronal, que na prática corresponde a uma maior precariedade, menos descanso, menos salário e mais horas de trabalho.

Como se pode verificar entre outras propostas pela tentativa de retirar o prémio TIR, a isenção de horário, deixarem de pagar a 200% os domingos e feriados passados no estrangeiro, isto só para mencionar algumas.

Os presentes decidem empenharem-se no esclarecimento dos colegas de trabalho e disponibilizam-se para participar nas formas de luta e esclarecimento que os sindicatos/ FECTRANS vierem a decidir, por salários e um contrato colectivo trabalho digno.

Sabemos por experiência própria, como foi também demonstrado recentemente pelos camaradas Franceses, que nada nos dão, aquilo que temos foi alcançado através da luta.

Foi ainda decidido marcar novo encontro para a Páscoa de motoristas comunistas e amigos para o dia 3 de Abril.

A Célula dos transportes de mercadorias de Coimbra do PCP