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Uma delegação da CDU que contou com a presença dos candidatos Inês Carvalho, Paulo Coelho e Francelina Cruz reuniu ontem, terça-feira, com a Associação de Produtores Florestais do Concelho de Arganil. Neste encontro, a CDU ouviu as preocupações de quem se debate com o desinvestimento e o desprezo pelas zonas rurais, em particular com a falta de meios financeiros, técnicos e humanos para o desenvolvimento da sua missão enquanto associação de apoio a produtores florestais. Um exemplo grave desta situação é a aproximação do final dos contratos das equipas de Sapadores Florestais, que terminam a 31 de Dezembro, sem que haja qualquer informação sobre a continuidade do serviço prestado a partir de dia 1 de Janeiro.

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Como teve oportunidade de reafirmar durante o encontro, a política que a CDU defende para a floresta e para o mundo rural implica o respeito pelos pequenos proprietários, assegurando-lhes apoios e meios à sua actividade, designadamente às suas associações; e é inseparável da valorização e reabertura dos serviços públicos encerrados nestas áreas, do apoio à Agricultura Familiar como parte integrante do Sistema de Defesa da Floresta, da intervenção no sentido da subida dos preços da madeira, entre outras. Ao contrário, as políticas dos últimos anos, postas a nu e agravadas pelos incêndios de 2017, têm contribuído para empurrar as pessoas para fora destas áreas, deixando estes territórios à mercê dos grandes grupos económicos e dos seus interesses.

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Uma floresta multifuncional, tal como a CDU defende, exige o combate corajoso contra estes interesses, um combate às monoculturas que apoie os proprietários na exploração de espécies autóctones, valorizando o rendimento obtido na sua exploração; e implica, neste momento e com enorme urgência, um plano nacional de combate às espécies invasoras com os meios humanos, técnicos e financeiros que possam fazer frente à desgraça eminente que se anuncia já nestas paisagens, onde a acácia e o eucalipto formam manchas contínuas. Sobre esta matéria, Paulo Coelho, do Partido Ecologista “Os Verdes”, referiu neste encontro a proposta do PEV para o apoio ao arranque de eucalipto espontâneo, que o PS fingiu aceitar e incluir no Orçamento do Estado para 2021, ano que agora termina. A medida e as verbas foram incluídas, mas como tantas outras, a sua execução não existiu.


Da parte da CDU, o compromisso mantém-se: proteger os pequenos e médios produtores, defender a floresta, a agricultura familiar e o desenvolvimento do mundo rural. As populações podem contar com a CDU.