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A candidatura da CDU reuniu com o senhor Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra e com o Conselho Regional de Coimbra da Ordem dos Advogados.

Na reunião com a presidência do Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra, entre outros assuntos foi abordada a questão da carência de instalações ao nível do parque judiciário, sobretudo no Município Sede, Coimbra. Foi transmitido aos candidatos da CDU a preocupante situação de degradação e inadequação dos espaços onde funcionam vários tribunais e mesmo o DIAP. Foi também salientado o avultado montante que o Estado despende com o pagamento das rendas onde se encontram instalados vários tribunais e o DIAP, que ascende anualmente a muitas centenas de milhares de euros. Também ao nível dos recursos humanos foi transmitida a preocupação com a falta de funcionários judiciais, atenta a não admissão de funcionários nos últimos anos e a elevada média de idade dos que se encontram ao serviço, mas em breve se irão reformar.

Na reunião com a Ordem dos Advogados foi abordada a questão das custas judiciais e mais concretamente dos seus elevados montantes que impedem muitos cidadãos e empresas de recorrer à justiça e aos tribunais, do regime de acesso ao direito, do apoio judiciário e da tabela de honorários que não é digna nem revista para valores justos há muito tempo, da falta de condições e instalações do parque judiciário, sobretudo em Coimbra, do Projecto Lei n.º 974/X IV/3.ª, apresentado pelo PS que altera a Lei das Associações Públicas e o Regime Jurídico das Sociedades de Profissionais sujeitos à Lei das Associações Públicas, que consubstancia um ataque à advocacia e à Ordem dos Advogados e da necessidade de regulação das relações laborais dos advogados em regime de trabalho subordinado, necessidade cada vez mais premente.

Para a CDU, o Direito e a Justiça são pilares fundamentais do estado de direito democrático. Todas as recentes reformas na Justiça não só não resolveram como agravaram os problemas existentes e apenas visaram a diminuição de custos orçamentais em prejuízo dos cidadãos e do direito destes ao acesso à justiça.

A avaliação que os portugueses fazem da situação da justiça e das políticas para esta área é particularmente negativa

É gritante a falta de respostas atempadas e adequadas por parte do Governo, que mantém um continuado subfinanciamento da justiça, com precárias condições dos parques judiciário e prisional, a carência de meios de investigação e de recursos humanos em todas as áreas, com falta de condições de dignificação profissional. Agravam-se as dificuldades e o incomportável custo do acesso dos cidadãos aos tribunais e à justiça, à míngua de apoio judiciário. A manutenção de dispositivos legais que prejudicam a prevenção e o combate à corrupção, bem como a falta de investimento nas entidades responsáveis pela sua investigação, são um registo constante na área da justiça

O PCP defende: