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20160910 floresta lous

Defender a floresta!
Defender a água como bem vital!


Passados 3 anos após os grandes incêndios pouco ou nada foi feito para a recuperação da floresta e reordenamento do território. Nas encostas da serra cresce sem qualquer tipo de controlo e, de forma desordenada, os eucaliptos bem como espécies invasoras aumentam ano após ano, verão após verão, a matéria combustível colocando novamente em risco aldeias e populações isoladas.

A CDU em Arganil exige que sejam implementadas políticas de reordenamento do território em respeito pelas pequenas propriedades (minifúndios), bem como pelas áreas comunitárias (baldios). A gestão dos baldios não pode ser submetida aos interesses de grupos económicos como a Jerónimo Martins. A propriedade comunitária é dos compartes, não pode ser apropriada ou gerida por interesses privados.
Inverter processos contínuos de erosão dos solos através de ajudas públicas efetivas no apoio à floresta de uso multifuncional, invertendo a política de monoculturas de eucaliptos e pinheiros que só servem os grandes industriais da madeira.

A CDU denúncia também a política dos baixos preços pagos pela madeira na produção contribuindo ainda mais para o abandono e falta de incentivo dos pequenos proprietários na gestão e cuidado florestal.

O envolvimento das entidades públicas em diálogo com as populações na definição de um plano concertado para reflorestação é fundamental.

A floresta é um setor de vital importância, não só como fonte de rendimento, mas também no seu papel fundamental na mitigação das alterações climáticas e sequestro de carbono, contudo é preciso que a mesma seja defendida!

Arganil e as suas populações continuam a não ver resolvidos os problemas denunciados pela CDU referentes à situação dos cursos de água, ainda hoje nos deparamos com variadíssimos problemas que resultam de uma não intervenção na limpeza de vários cursos de águas livres bem como na manutenção dos açudes do rio Alva.

A água é um bem de inestimável importância, defender a sua qualidade é defender a saúde das populações.

“É que os rios são água em mocidade
Que quer correr o mundo e conhecer;
E é preciso guardar-lhe a tenra idade,
Que a não venham beber...”
Miguel Torga, in Saudação