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Promovido pela estrutura Concelhia do PCP em Arganil no dia 24 de Junho, reuniram cerca de 150 pessoas em mais um animado convívio de comunistas e amigos. Tratou-se de uma iniciativa política de enorme relevância para o PCP, que constituiu um momento de particular importância e afirmação da vontade e do querer dos comunistas.

Durante o almoço/convívio usaram da palavra, José Tiago Almeida, em nome da C. C. de Arganil; Vladimiro Vale, em nome da DORC e Carlos Gonçalves, membro do Política e do Secretariado do Comité Central do PCP.

A festa terminou, cerca das 18 horas, sendo visível o cansaço, que contrastava com a imensa satisfação de uma iniciativa bem conseguida e a pensar-se já no próximo ano.

 

Tiago Almeida na sua intervenção alertou: "vivemos num Concelho, tal como o país, sem trabalho, sem dinâmica económica, sem perspetiva para o futuro, resultado de uma política de desastre nacional. As medidas que têm sido aplicados pelos sucessivos governos PS/PSD/CDS, desde há 36 anos, são gravíssimas e violentas para os trabalhadores e para o povo, enquanto que o grande capital continua a roubar o país"


Vladimiro Vale, da Comissão Política do PCP e responsável pelo trabalho do Partido no Distrito de Coimbra ilustrou com exemplos do distrito os impactos da política de direita dos sucessivos governos PS, PSD e CDS, no ataque aos direitos dos trabalhadores, aos serviços públicos e às funções sociais do Estado.

Alertou para o ataque aos serviços públicos, exemplificando com o encerramento nocturno das urgências do Hospital dos Covões, início de um grave e criminoso processo de descaracterização do Hospital do Covões. Muitas outras valências estão a ser amputadas no âmbito da fusão dos hospitais o que coloca “ em causa o Hospital dos Covões em si mesmo e não apenas este ou aquele serviço ou valência”.

Recordou que a existência destes serviços serviram de argumento para encerrar muitas valências e serviços de proximidade nos concelhos do interior do distrito e que este encerramento terá consequências na qualidade de atendimento prestado pelos serviços de saúde.

Denunciou a política de favorecimento dos grupos privados da saúde, bem patente na abertura de uma unidade Hospitalar privada nas imediações dos HUC (do grupo idealmed) em simultâneo com o encerramento das urgências dos Covões. A promiscuidade existente com vários profissionais com funções de direcção em serviços pertencentes a instituições integradas no SNS, nomeadamente, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), exercem em regime de cumulação funções de coordenação e direção nesta unidade privada. Denunciou ainda que a escolha da sigla UHC (Unidade Hospitalar de Coimbra) por parte da “IdealMed”, contribui para a confusão com HUC.

Carlos Gonçalves, da Comissão Política do PCP abordou as questões políticas nacionais e iniciativas do Partido, com destaque para a moção de censura apresentada pelo PCP ao Governo PSD e CDS, que exprime também um profundo sentimento de rejeição e indignação com a continuada política de favorecimento da banca e dos grandes grupos económicos. Os principais responsáveis pela crise, que aumentam os seus lucros à custa da economia nacional, que esmagam os sectores produtivos, são os que continuam a embolsar milhares de milhões de euros à custa dos trabalhadores e do povo português.

Apelou à necessidade de rejeitar o pacto de agressão assinado com a troica por PS, PSD e CDS. É hoje evidente para todos que sem a renegociação da dívida – nos seus prazos, taxas e montantes – o pacto de agressão vai levar ao não pagamento e à tentativa de imposição de um novo programa contra o país e os portugueses. A dívida pública só poderá ser paga se houver crescimento económico.

Denunciou que as alterações ao Código do Trabalho, aprovadas com a conivência do PS e promulgadas pelo Presidente da República – em clara violação da Constituição – pretendem impor um profundo retrocesso nas relações laborai, facilitar e embaratecer os despedimentos, aumentar o horário de trabalho, eliminar feriados, reduzir o valor das horas extraordinárias, atacar a contratação coletiva. São alterações que deixam bem à vista os objetivos fundamentais desta política: aumentar a precariedade, desproteger os trabalhadores perante a arbitrariedade patronal, retirar direitos conquistados pela luta e consagrados na lei e nos contratos coletivos, obrigar a mais trabalho por menos salário.

Carlos Gonçalves denunciou ainda a incoerência daqueles que, como o PS, invocam a estabilidade governativa para rejeitar a moção de censura e não têm a mesma preocupação com a estabilidade da vida dos Portugueses e, com esta atitude, demonstram bem o seu comprometimento com o Pacto de Agressão.