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20240304 fernando teixaira comício coimbra

Camaradas, amigos, companheiros do Partido Ecologista “OS Verdes”,

Permitam-me uma saudação especial aos que, não sendo militantes do PCP nem do PEV, demonstram aqui o seu compromisso com a CDU, uma coligação que muito honra aqueles que, todos os dias, lutam pela Democracia!

Este comício dá resposta a todos os que há muito declaram a morte do PCP e a irrelevância da CDU no distrito. Aqui estamos, com a força dos braços que cada um de nós empresta a esta luta, uma luta por uma região e um país melhores, onde o crescimento económico tenha reflexo concreto nas nossas vidas. Esta força que une aqueles que compreendem a necessidade do reforço da CDU e o seu papel imprescindível na defesa dos trabalhadores, dos reformados e pensionistas, de todos quantos aqui vivem do seu trabalho e que merecem mais do que a aflição do fim do mês, merecem mais do que a ameaça do despejo, merecem mais do que a inquietação com os transportes, merecem mais do que ter de escolher entre a alimentação e a casa, merecem mais do que suportar os lucros milionários da banca e pagar com língua de palmo os lucros das grandes multinacionais.

Vamos a eleições, porque o Partido Socialista escolheu não dar resposta aos problemas do país e das populações, escolheu deixar intocados os lucros do grande capital ao mesmo tempo em que nos debatemos com o brutal aumento do custo de vida, com o aumento das rendas e das prestações da casa, com a degradação dos serviços públicos e a política de baixos salários. A inflação cresce ainda mais nos bens alimentares e bens de primeira necessidade e são esses os bens que não podemos deixar de comprar, é aqui que gastamos grande parte dos nossos salários e pensões: no pão, no leite, no arroz, no azeite, na fruta, na alface, no fundo, naquilo que não podemos cortar por nos ser essencial ao sustento. É a esta realidade que o Partido Socialista vira a cara, mas que a CDU quer enfrentar sem hesitações ou incoerências, com o controlo e fixação de preços, coma redução do IVA da electricidade e do Gás, com a subida geral de salários e pensões porque é com eles que vivemos e pagamos tudo isto. Não é possível continuar neste caminho de empobrecimento e de exploração onde ter emprego deixou de significar sair da pobreza. É nesta batalha que estamos concentrados, na batalha contra a política do facto consumado onde a destruição do aparelho produtivo nacional é uma inevitabilidade. Onde a produção nacional enfrenta constrangimentos e estrangulamentos, onde os pequenos empresários pagam tanto de IRC como as grandes empresas.

Não estamos condenados a uma região e a um país onde um punhado de pessoas possa acumular na algibeira o valor do trabalho de milhões de trabalhadores e por isso dizemos que sim, é possível subir os salários, sim é possível subir as reformas e pensões, sim é possível acabar com a precariedade, e é com a CDU que lá vamos!

Não há ponto do distrito por onde não tenhamos já passado e travado a batalha do esclarecimento, porque este distrito não nos é estranho, porque as gentes que aqui moram conhecem-nos de todos os dias e de todas as lutas. Falamos com todos, com os que recolhem os frutos da floresta, com os que asseguram os serviços públicos, com os produtores locais, com os agricultores da Gândara e do Baixo Mondego, fomos à conversa com os que resistem à solidão do interior e ao desinvestimento nos transportes públicos, mas também com comerciantes e os trabalhadores das autarquias locais. Estivemos e estamos por todo o distrito a afirmar as propostas da CDU para a região, propostas que colocam a necessidade de melhores transportes e acessibilidades, de mais investimento na ferrovia como factor de desenvolvimento económico, propostas que abrem caminho no combate ao abandono do interior e que dão resposta às justas reivindicações das populações.

Por todo lado encontramos apoio, palavras de alento e de coragem, apertos de mão robustos com a força de quem sabe de lado está e de que não é em cima do muro que se conquistam os direitos. À porta das fábricas, o reconhecimento de que é a CDU que ali os espera, à saída, porque sabem que nenhuma outra força política tem interesse em que os trabalhadores conheçam o seu real valor, o seu real poder. Porque é neles que reside a força do desenvolvimento da região e do país quando na verdade, a única coisa que interessa à política de direita é o desenvolvimento do PSI20 e do poder das multinacionais.

Camaradas e amigos,

No ano em que celebramos os 50 anos do 25 de Abril, podemos afirmar que é a CDU que transporta os valores de Abril para o futuro de Portugal, porque foi com este povo que se fez o 25 de Abril e há-de ser com este povo que nos libertaremos das amarras do capital e transformaremos as reivindicações em direitos. Sabemos que há quem queira regressar ao passado, que se ensaiam formas de poder andar para trás, há quem queira andar para trás nos direitos das mulheres, há quem queira acabar com Serviço Nacional de Saúde e a Escola Pública, há quem queira aprofundar a submissão do poder político ao poder económico, mas camaradas, encontrarão na CDU uma força inquebrável na defesa de Abril e das suas conquistas, mas mais, encontrarão na CDU a força necessária para levar mais longe as conquistas de Abril e a sua concretização.

A CDU é este colectivo incansável que percorre 40 km para ir falar com os 100 trabalhadores que saem de uma fábrica, um colectivo composto por homens e mulheres que colocam o seu tempo e a sua disponibilidade sem qualquer pretensão de mordomias ou benefícios, um colectivo onde a juventude palmilha quilómetros porque sabe que naquela escola ou naquela faculdade há conversas para fazer e possibilidades de avançar, um colectivo que assenta na convicção de que há possibilidades e potencial em cada terra deste distrito, em cada pessoa que nos ouve e acredita na força das nossas propostas.

Os nossos candidatos não são esperam outra coisa para além da melhoria das condições de vida das gentes deste distrito e deste país e a possibilidade de levar para o parlamento as aspirações daqueles que vivem ao nosso lado. Não andamos a reboque da espuma dos dias nem das trends nas redes sociais, não desviamos caminho mesmo que destoando, porque não é a nossa conversa que é antiga, são os problemas que são velhos e tardam em ser resolvidos e podem contar com a CDU para a sua resolução, para a construção de um país mais desenvolvido e mais justo.

É nas listas da CDU que os trabalhadores têm lugar e é nelas que podem confiar o seu voto porque é um voto seguro, o único voto que combate a direita e todos os seus intentos. O voto na CDU tem esta garantia, a garantia do património de propostas e iniciativas no parlamento, propostas de melhoria das condições de vida de todos os que aqui vivem e trabalham, mas que são reprovadas pelos partidos de sempre. Propostas que constam no nosso programa e que não se resumem a promessas, mas em trabalho feito e iniciativas tomadas.

É hora de dar mais força à CDU porque é hora de acabar com as propinas e todas as barreiras financeiras no acesso ao Ensino Superior, é hora de acabar com a precariedade na investigação e na docência, é hora de alargar as bolsas de estudo, é hora de investir na ciência e no conhecimento. É hora de dar mais força à CDU porque é hora de acabar com a desregulação de horários e permitir uma melhor conciliação da vida profissional com a vida pessoal. Temos o direito à felicidade, à cultura, ao lazer, temos direito a criar, a produzir e a olhar para o futuro com esperança.

Camaradas,

Nestes dias de campanha eleitoral, foram muitas as pessoas que nos diziam “Vocês fazem falta”, “Puxem por nós porque isto está muito mau”. Aquilo que lhes dizemos é que é com a força do povo que lá vamos, é preciso transformar esse amplo reconhecimento da importância da CDU em voto e converter esse voto e essa tomar de partido em mais convencimento. Em todos os concelhos do nosso distrito dissemos e dizemos às populações: “Sabe quantos deputados têm a CDU eleitos por Coimbra? Zero em nove.” E a resposta é sempre a mesma. “Então, mas são vocês que cá estão durante o ano, em cada rua, em cada local de trabalho”. Pois então é hora. Hora de levarmos as lutas diárias até ao voto, de os trabalhadores, os estudantes e os reformados fazerem representar os seus anseios na Assembleia da República.

Camaradas, amigos, tal como há muito privado onde devia haver mais público, tal como há demasiados custos onde devia existir Ensino gratuito, tal como há pobreza onde devia haver melhores salários, também na Assembleia da República há muitos deputados ao serviço dos grandes grupos económicos e poucos que representem o povo, nos problemas de todos os dias!

Pois nos dias que faltam até às eleições, desdobremos conversas e quebremos preconceitos, a tarefa que agora nos está colocada é falar com todos os que conhecemos, transformar o reconhecimento em voto, convencer mais pessoas e trazê-los para o nosso lado, com o seu apoio, com a sua força, mas também com o seu voto.

É hora de elegermos deputados por Coimbra! É hora de acabar com as políticas de Direita!

Viva a luta dos trabalhadores!

Viva a CDU!

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