Prologamento do IC6, ligando Tábua à Covilhã - PCP apresenta proposta de alteração ao OE23
- Detalhes
O PCP apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado 2023, relativamente ao "Prolongamento do IC6, ligando Tábua à Covilhã", troço estruturante para o distrito de Coimbra, Castelo Branco e Guarda. (proposta em anexo)
O IC 6 é uma via indispensável para as populações dos distritos de Coimbra, Guarda e Castelo Branco. O seu necessário prolongamento vem sendo prometido há vários anos, sem qualquer
correspondência com a realidade, estando há mais de dez anos parado no nó de Tábua.
O PCP vem insistindo na necessidade de se dar resposta às necessidades do País, do seu interior e das populações. A coesão territorial também se faz com a implantação de
infraestruturas de mobilidade que façam a ligação das populações do interior com os centros urbanos e o litoral para acesso aos serviços de saúde, educação e para reduzir custos na
circulação de bens e mercadorias.
Em setembro de 2009 o Secretário de Estado Paulo Campos anunciou a concessão rodoviária da Serra da Estrela e indicou o primeiro trimestre de 2010 para o lançamento da obra que
integrava o IC 6, entre Tábua e a Covilhã. Segundo o Governo PS, o projeto de execução do primeiro dos troços em falta seria lançado até Julho 2017, ficando depois a faltar apenas o
último troço até à Covilhã, para o qual o Governo não avançou com qualquer data para a sua construção.
Apesar dos esforços e propostas do PCP, da maioria dos eleitos locais e das populações, só em setembro de 2021 foram anunciadas as obras para o troço de Tábua ao nó da Folhadosa, mas, de acordo com a resolução do Conselho de Ministros n.o 46-A/2021 de 3 de Maio de 2021, as obras para este troço só têm cobertura financeira a partir de 2024 e até 2026, num total de 38 milhões de Euros.
O IC 6 não consta dos investimentos previstos no âmbito do PRR e os fundos para a sua concretização são essenciais. O Governo apenas anunciou a inscrição no Programa Nacional de
Investimentos 2030 do troço do IC 6 entre Tábua e Folhadosa, numa extensão de 19 km.
"A Integração Europeia: Um Projecto Imperialista" - Apresentação do livro com Avelãs Nunes e João Ferreira
- Detalhes
Terá lugar dia 24 de Novembro, quinta-feira, pelas 18 horas, no Espaço25 do Centro de Trabalho de Coimbra, a apresentação do livro de António Avelãs Nunes "A Integração Europeia: Um Projecto Imperialista". A apresentação contará com a presença do autor e também de João Ferreira, membro da Comissão Política do Comité Central do Partido Comunista Português.
Participa, divulga e mobiliza!
Intervenção de Paulo Ferreira na Conferência Nacional - A intervenção do Partido nas empresas da Figueira da Foz
- Detalhes
A intervenção do Partido nas empresas da Figueira da Foz - Paulo Ferreira
Saudações à Conferência Nacional
Na situação actual o fortalecimento da organização e intervenção do Partido nas organizações de massas, particularmente daquelas que actuam no seio dos trabalhadores têm uma urgência e exigência acrescidas.
O fortalecimento dessas organizações de massas, o seu enraizamento, influência e capacidade de ação e luta, exigem o empenho dos Comunistas.
É pois com base no ponto 5.1.15, com o qual a organização do Partido na Figueira da Foz se identifica, que estamos a procurar reforçar a nossa intervenção em várias empresas da Figueira da Foz.
Nesta acção não podemos deixar de referir o trabalho iniciado há anos na então Soporcel, hoje Navigator Company, onde o Partido, através dos seus militantes no movimento sindical, conseguiu transformar um movimento de revolta numa acção de luta organizada.
Esta luta envolveu a praticamente totalidade dos trabalhadores e por força da sua unidade e após a convocação de uma greve de 4 dias, que não se concluiu até ao fim porque a administração, entretanto aceitou as reivindicações dos trabalhadores.
Com esta acção e fruto de uma ligação permanente aos trabalhadores iniciou-se uma sindicalização massiva que culminou com a criação de uma estrutura sindical interveniente e que se mantem até aos dias de hoje.
Foi no seguimento desta luta que conseguimos passar de um estado de ténue ligação a uma célula do Partido, que não sendo grande é, no entanto, vital para a intervenção junto dos trabalhadores.
Esta sindicalização e organização sindical, estendeu-se posteriormente às novas empresas do grupo Navigator Company na Figueira da Foz, estando já há vários anos consolidadas as 3 comissões sindicais das 3 empresas do grupo na Figueira.
Ainda relativamente ao grupo Navigator foi possível em Cacia/Aveiro, este ano de 2022 concluir um processo de sindicalização nas 2 empresas que se traduziu na eleição de 4 novos Delegados Sindicais e, finalmente, criar verdadeira organização sindical de classe em todas as empresas do grupo Navigator: 9 empresas = 9 organizações sindicais de classe.
Desde a criação deste grupo Navigator com fábricas na Figueira da Foz, Setúbal, V.V.Rodão e Aveiro, sempre foi prioridade para os militantes do Partido e, utilizando o mesmo conceito de grupo, a constituição e eleição de Delegados Sindicais em todas as empresas, tendo esse processo sido agora concluído.
Este facto consumado, sem a acção e apoio dos Comunistas no Movimento Sindical Unitário do sector, não teria sido possível e hoje podemos dizer com orgulho que há sindicalização e organização sindical em todas as empresas deste grupo Navigator.
Camaradas, ainda com resultados muito modestos, estamos a intervir em várias empresas da Figueira da Foz onde o processo tem sido, por um lado a procura dos problemas junto dos trabalhadores e, por outro lado, trabalhadores que procuram militantes do Partido para lhes colocar os seus problemas e questões.
Nos primeiros contactos procuramos envolver os sindicatos do respetivo sector, o que nem sempre tem tido êxito e que nos obriga a recorrer a outras formas de intervenção.
É uma questão essencial assumida por nós, não abandonar aqueles que nos vêm como a última barreira de defesa contra a exploração a que são sujeitos.
É também para o flagelo do trabalho precário que os Comunistas estarão na primeira linha combate, denuncia e acções concretas sempre na defesa de que para posto de trabalho efectivo corresponda um vínculo de trabalho efectivo. Mais de 77% do emprego criado no 3º trimestre de 2022 foi com vínculo precário.
Para nós, Comunistas, é também uma frente de trabalho intensa e prioritária, a defesa e valorização dos salários médios pois esses salários devem refletir e valorizar a evolução e progressão de carreiras profissionais, em todos os sectores e profissões, valorizando o trabalhador e a sua experiência, acumulada ao longo de uma vida de trabalho.
Camaradas, a intervenção do Partido nas empresas e locais de trabalho enfrenta dificuldades crescentes que nos obrigam a ter um conhecimento muito profundo da realidade concreta dos seus problemas. É a partir dos mesmos que conseguimos despertar formas de consciência que contribuem para a sua unidade e convergência de acção, independentemente das gerações, profissões ou origens étnicas.
Nós, Comunistas, lá estaremos ao lado dos trabalhadores e do Povo, como sempre estivemos, estamos e estaremos.
Viva a Conferência Nacional
Viva o Partido Comunista Português