COIMBRA - CDU EM DEFESA DA FERROVIA
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A Deputada do PCP, Ana Mesquita, realizou uma série de contactos em torno da defesa do transporte ferroviário no distrito de Coimbra. Contactou com a população em Miranda do Corvo, reuniu com o Sindicato dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) e contactou com a população na Estação Nova em Coimbra.
Com esta acção o PCP e a CDU reafirmaram que destruir ferrovia é andar para trás! Reforçaram o empenho em defender a reposição das Linhas dos Ramais da Lousã e da Figueira/Pampilhosa, em defender a Estação Nova em Coimbra, garantindo a ligação à rede ferroviária nacional. A delegação da CDU abordou a necessidade de melhorar o serviço no Ramal de Alfarelos e na linha do Oeste, cujos utentes se queixam de atrasos constantes. Foi feito um balanço preocupante da evolução do transporte ferroviário no distrito. O desaparecimento das oficinas da EMEF em Coimbra e Figueira, a dispensa de trabalhadores, o recurso a outsourcing de empresas exteriores, a sobrecarga da linha do Norte e o envelhecimento do material degradaram a capacidade de resposta neste importante sector, tanto na manutenção de via como do material circulante.
O PCP e a CDU reafirmaram o seu compromisso de defesa do transporte ferroviário enquanto transporte de futuro!
COIMBRA - CDU EM DEFESA DA SAÚDE
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Uma delegação da CDU, integrada pelo deputado e candidato ao Parlamento Europeu João Pimenta Lopes e pela candidata Laura Tarrafa, visitaram o Hospital Geral dos Covões, a Maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra e reuniram com elementos do Movimento + Saúde para o Hospital do Lorvão.
Esta visita teve como objectivo conhecer a realidade dos serviços de saúde de Coimbra, afirmar a defesa e valorização do Hospital dos Covões, tão afectado pelas consequências da fusão dos hospitais de Coimbra, afirmar a proposta de investimento imediato e urgente nas Maternidades de Coimbra e a construção de uma nova maternidade no espaço do Hospital dos Covões, com capacidade para os cerca de 5000 partos que actualmente se fazem na duas maternidades. Em Lorvão a CDU reafirmou o seu apoio à conversão das instalações do Hospital numa unidade pública de cuidados continuados, que tanta falta tem feito ao SNS.
No Hospital dos Covões e na Maternidade a CDU foi recebida pelo presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) que acompanhou a visita às instalações e a diversos serviços. A CDU pode confirmar os elevados níveis de qualidade de serviços como as urgências, os serviços de cardiologia, a hemodiálise, entre outros. Quanto às urgências, um serviço moderno, bem equipado e organizado, com capacidade de resposta, e com crescente procura, sobretudo desde que passou a abrir, entre as 9h00 e as 22h00, todos os dias da semana, onde o maior constrangimento é o encerramento durante a noite, entre as 22h00 e as 9h00 da manhã. Constatou-se a necessidade de continuar a haver intervenção nas instalações do hospital, modernizando-as, tornando-as mais funcionais e adequadas aos vários serviços; sem esquecer a necessidade de aquisição de modernos equipamentos, que substituam os obsoletos.
Da parte da tarde, apesar da visita se ter restringido à Maternidade Bissaya Barreto, a informação abrangeu também a Maternidade Daniel de Matos. Com grande dedicação, esforço e sobrecarga de trabalho dos seus profissionais, as maternidades realizam cerca de 5.000 partos por ano. Aparece como grande preocupação a necessidade de continuar a intervir-se nas instalações para criar melhores condições de funcionalidade, e de contratar mais profissionais, tendo sido realçado o facto de mais 50% do quadro clínico já ter mais de sessenta anos de idade, o que levará a que dentro de cinco anos estará na reforma, quadro que se agravou pelo facto de durante dez anos não se ter admitido qualquer médico. Esta falta de renovação cria dificuldades no assegurar das urgências e sobrecarrega dos médicos que asseguram a urgência.
O conselho de administração mantém a ideia, na lógica da fusão oito hospitais de Coimbra, de encerrar estas duas maternidades, situadas em espaços apetecíveis, e de as substituir por uma maternidade a criar na área dos HUC, espaço já de si muito sobrecarregado e de acessos muito congestionados, sobretudo em horas de ponta, o que conduziria à canalização do excedente de partos, pela falta de resposta, para o negócio privado da saúde, para as clínicas privadas que já existem e que poderão vir a ser criadas em Coimbra. A solução passa por investimentos urgentes que travem a degradação das maternidades, modernizem as instalações e serviços, assegurem a qualidade e segurança e forneçam aos profissionais todas as condições que permitam assegurar o exercício pleno das suas funções.
São necessários mais médicos, mais enfermeiros, mais assistentes operacionais e outros profissionais que garantam as necessidades destas duas maternidades e do hospital dos Covões, e que se estude a possibilidade da construção de uma Maternidade na área dos Covões, aproveitando as sinergias existentes neste hospital, e se recupere para ele os serviços, especialidades e valências para que também sirvam de suporte a essa mesma maternidade.
FIGUEIRA DA FOZ - PCP QUESTIONA GOVERNO SOBRE ESTALEIROS NAVAIS
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O PCP decidiu questionar o Governo após uma reunião com trabalhadores dos Estaleiros Navais do Mondego (Atlantic Shipbuilding), na Figueira da Foz, os trabalhadores deram nota das suas preocupações com o futuro desta empresa de construção e reparação naval, um setor de grande importância para a economia Portuguesa.
"Os trabalhadores, que se encontram com o contrato suspenso, querem a viabilização da empresa, consideram que o encerramento definitivo é uma perda irreparável do ponto de vista económico e do ponto de vista da perda de mão de obra especializada.
Os estaleiros encontram-se numa situação difícil, apesar da fase adiantada da construção de um navio por encomenda do Estado de Timor-Leste. Os trabalhadores dizem ter indicações de que o Estado de Timor continua interessado no navio, no entanto, o não cumprimento desta encomenda coloca em causa, não apenas as futuras encomendas para a empresa, mas, e principalmente, a credibilidade do Estado Português.
Ao que se sabe a Administração não terá activado as garantias bancárias da COSEC e existe um disputa interna pela gestão da empresa.
Os problemas desta empresa não podem ser desligados de um conjunto de constrangimentos que limitaram o desenvolvimento deste setor, e de outros de base industrial, em particular no que diz respeito ao financiamento. Esta questão assume particular importância tendo em conta o ciclo produtivo que caracteriza a construção naval, com prazos quase sempre acima dos 18 meses e avultadas quantias de capital circulante. Acresce o problema das rendas mensais pagas ao porto da Figueira da Foz, na ordem dos 30.000 euros.
O PCP tem intervindo sobre a situação dos Estaleiros Navais do Mondego em múltiplas ocasiões e defende que estes estaleiros são de importância estratégica para o desenvolvimento regional e nacional. Como tal, urge que sejam encontradas rápidas soluções para desbloquear a situação que está colocada, no respeito pelo cumprimento integral dos direitos dos trabalhadores.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais devidamente aplicáveis, solicita-se a V.ª Ex.ª que possa remeter ao Governo, por intermédio do Ministro Adjunto e da Economia, o pedido de resposta às seguintes questões:
1. Como avalia o Governo a presente situação?
2. Que mecanismos podem ser activados no sentido de desbloquear os problemas relatados?
3. Pondera o Governo criar linhas específicas de apoio ao financiamento da indústria e reparação naval?
4. Admite o Governo usar todos os meios ao seu dispor para viabilizar os Estaleiros Navais do Mondego, incluindo a intervenção direta do Estado ao nível do financiamento e/ou da gestão?"