A candidatura da CDU reuniu com dirigentes do Sindicato de Hotelaria do Centro CGTP-IN, com o objectivo de aprofundar o conhecimento sobre o sector e os problemas dos trabalhadores.
Para além do relato de tentativas de condicionamento e ataque à liberdade sindical, os dirigentes abordaram problemas dos trabalhadores do sector da saúde (em particular do SUCH) que não veem reconhecido o seu papel essencial, são sujeitos a ritmos de trabalho intensos, a pressões abusivas e à falta de condições de trabalho, que muitas vezes é potenciadora de problemas de falta de salubridade e de saúde pública.
No sector de restauração verifica-se o aproveitamento abusivo do lay-off e atropelos aos direitos dos trabalhadores com inacção por parte da Autoridade para as Condições de Trabalho. O crescimento do sector social, fruto da desresponsabilização do Estado nas suas funções sociais, tem sido acompanhado pelo crescimento dos problemas dos trabalhadores.
O Sector da Hotelaria comprova a importância da contratação colectiva que fixa salários, consagra direitos em condições favoráveis aos trabalhadores, muitas vezes muito acima do que está previsto no código do trabalho. A recusa de realização de reuniões negociais, por parte das Associações Patronais do Sector, bloqueia a melhoria das condições salariais e de trabalho e comprova o ataque sistemático e a aposta na caducidade da contratação colectiva por parte das associações patronais e de sucessivos governos, apostados na individualização e precarização das relações laborais.
Durante a reunião ficou evidente que a CDU esteve ao lado das lutas dos trabalhadores de hotelaria no distrito de Coimbra, também ficou evidente que a CDU foi decisiva na reposição de algumas medidas a favor dos trabalhadores como a reposição de salários e de outros direitos roubados, como feriados; o aumento do Salário Mínimo Nacional, ainda que aquém do necessário; o pagamento dos salários por inteiro aos trabalhadores em lay-off, durante a epidemia. O PS convergiu com PSD, CDS, CH e IL para chumbar os projectos de lei do PCP para acabar com o princípio da caducidade das convenções colectivas de trabalho e repor o princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador.
Mais força à CDU significará mais força às propostas de valorização de quem trabalha.