A CDU Coimbra reuniu esta semana com a Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra para ouvir as principais preocupações deste sector e em especial no distrito.
A diversidade do distrito, da serra ao Baixo Mondego, faz diversificar os problemas dos agricultores, sendo o principal o aumento dos custos das sementes, combustíveis, eletricidade, adubos e outros factores de produção que chegam, em alguns casos, a mais do dobro o que torna insustentável a atividades.
No Baixo Mondego continua por concretizar o emparcelamento agrícola na maioria dos vales (Pranto, Arunca, Ega e Anção/S.João do Campo) em cerca de 4000ha, abrangendo cerca de 2000 agricultores.
A excelência da produção da região, na qual se destaca o arroz carolino está em risco nos Vales do Pranto e Arunca com a falta do emparcelamento agrícola.
Tal como a CDU tem afirmado na Assembleia da República, como junto dos agricultores, esta realidade reforça a importância deste processo estrutural para melhorar o rendimento dos pequenos e médios agricultores desta região.
Perante estas dificuldades, preocupa o continuar do caminho trilhado pela Política Agrícola Comum no desligamento das ajudas da produção, num momento em que o apoio específico ao arroz permite que muitos não sejam expulsos da atividade.
As intempéries, assim como as questões de fitossanidade, que têm afetado o distrito nos últimos ano (incêndios, cheias, tempestades) têm revelado uma clara necessidade de criação de um sistema de seguros público que permita aos produtores assegurar a continuidade da exploração agrícola.
Outra enorme preocupação são os prejuízos causados por Javalis e outros animais selvagens que tem assolado todo o território nacional, e principalmente o nosso Distrito, com elevadíssimos prejuízos para os agricultores nas culturas e infraestruturas das explorações agrícolas. Muitos deixam mesmo de produzir.
A CDU mantém o seu compromisso em defesa da agricultura, dos pequenos e médios produtores. Quem vive do trabalho no campo, pode contar com a CDU como força decisiva: para a conclusão da obra hidra-agrícola do Mondego; para o apoio à agricultura familiar, concretizando o seu Estatuto; para a concretização de planos de intervenção urgentes designadamente no âmbito fitosanitário e apícola; defesa da propriedade dos pequenos e médios agricultores; por uma reforma da PAC, que garanta um maior equilíbrio na distribuição das ajudas entre países, produtores e produções, religue os apoios à produção, recupere os mecanismos de regulação do mercado, designadamente no leite e na vinha, e assegure o apoio preferencial aos pequenos e médios agricultores; pela dinamização das economias locais e regionais, com apoio ao associativismo agrícola (armazenamento, transformação, mercados locais); para a aposta nos circuitos curtos de comercialização, com a primazia no fornecimento às cantinas de entidades públicas; pela recuperação, pelo Ministério da Agricultura, das suas estruturas técnicas (campos de ensaio, laboratórios, bancos genéticos) e serviços de extensão rural próximos dos agricultores.