joomla templates top joomla templates template joomla

codlplay

Há largos meses foi tornada pública a realização de 4 concertos da banda inglesa Coldplay, na cidade de Coimbra. Entretanto, foram colocados à venda e de imediato esgotados, os bilhetes para os concertos a decorrerem a 17, 18, 20 e 21 de Maio no Estádio Cidade de Coimbra.

Questionado por diversas vezes sobre o ou os acordos firmados entre a empresa produtora do evento, Everything is New, e o município, o Presidente da Câmara nada esclareceu, remetendo para momento posterior a sua divulgação.

Agora, a um mês da data dos concertos, é apresentado à Câmara para aprovação, a proposta de minuta de protocolo entre a empresa produtora, o munícipio e a AAC/OAF.

Assim, na verdade, o que hoje é proposto aprovar-se, não passa da ratificação de um negócio discutido e supostamente celebrado sem qualquer mandato ou conhecimento prévio do órgão autárquico, o que consubstancia no mínimo, um acto de desrespeito pelo poder local e pelos seus eleitos, além do mais, sem legitimidade e de duvidosa legalidade.

O executivo é convidado a pronunciar-se sobre factos consumados, após o seu anúncio público, feita que está a sua publicadade e vendidos que estão os bilhetes.

Perguntamos: que acordo prévio foi anteriormente efectuado? Com que enquadramento legal? Com que mandato para o efeito? Dado por quem? A quem?

Propõe-se à Câmara a atribuição de uma verba de 110 mil euros por espectáculo, num total de 440 mil euros, a que se somam um vasto conjunto de apoios, não estimados financeiramente.

De facto, trata-se de um avultado subsídio directo da Câmara, logo de dinheiros públicos, a uma grande empresa privada de produção de eventos musicais. O que, para além do muito duvidoso enquadramento legal, que importa esclarecer, não é aceitável.

Argumentar-se-á que é competência da autarquia apoiar eventos de grande dimensão, por gerar retorno económico favorável para o concelho. Mas, de facto, não são apresentados quaisquer estudos de previsão de tais valores.

Os municípios podem e devem desenvolver políticas que promovam o desenvolvimento económico local, atraindo eventos, captando receitas. Contudo, os muncípios têm orçamentos e definem as suas Grandes Opções do Plano, onde estabelecem prioridades de intervenção, afinal, a sua política para o município.

O que ora se coloca é um apoio financeiro de 440 mil euros directamente a uma empresa privada promotora de concertos, a Everything is New, a que acrescem ainda custos não definidos, mas de mais alguns milhares de euros em apoios no terreno, substituição de relvado e isenções de taxas.

Do evento haverá possivelmente retorno financeiro para a restauração e hotelaria da cidade nos 4 dias de visita e estadia de parte dos espectadores dos concertos.

Mas quem na verdade lucra - e brutalmente - é a empresa promotora, que a juntar aos elevadíssimos lucros da bilheteira, somará este subsídio directo de quase meio milão de euros e um avultado apoio indirecto não quantificado.

Acresce que, por diversas vezes, foi referido que a AAC/OAF sairia largamente beneficiada com este evento. Ora, do protocolo agora apresentado nada se pode concluir nesse sentido. Poder-se-á então questionar se haverá outros acordos firmados, para além deste, que não estão a ser tornados públicos.

A todo o momento, o presidente de Câmara tem usado a grave situação económica e financeira que atinge a autarquia resultante, afirma, da elevada inflação e da guerra da Ucrânia, como factor de enorme contenção de despesas e justificação de cortes elevados em várias áreas de actuação do município. O que denomina “orçamento de guerra” tem servido para justificar as consideráveis quebras de verbas previstas em GOP para áreas como a cultura, o associativismo juvenil e outras, afectando o trabalho continuado e sério de múltiplos agentes locais, bem como o bom funcionamento de vários serviços municipais.

A opção do executivo é então – em detrimento do referido - a da realização de grandes eventos, além do mais, como no caso presente, com uma beneficiação milionária a uma empresa privada.

A CDU rejeita este tipo de procedimento e esta opção, pelos que vota contra esta proposta.

centenário acções coimbra

 

20180100 mupi obra hidroagrícola do mondego

 

20180100 Breve Curso da História do Capitalismo

 

20201208 CARTAZ REVERSÃO DA FUSÃO WEB

 

20170210_ramal_da_lous_cumpra-se_o_aprovado.png

20201112 placa álvaro cunhal coimbra

20210326 covoes 24horas

20160910_universidade_fundao.jpg