Entretanto, o DECIF/2017 (Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais), foi pensado na linha dos anteriores, mantendo-se activo apenas durante três meses, quando deveria estar disponível durante todo o ano, e com a redução dos efectivos que lhe estão associados, tanto mais grave quanto a capacidade operacional dos corpos de bombeiros se ressente das reduções no financiamento governamental."
Abordou-se ainda o facto de o País anda há anos sem criar as 500 equipas de sapadores florestais, previstas para 2012, no Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, quando hoje temos menos de 300 equipas. O que não pode ser desligado da aceitação submissa, das imposições da UE quanto aos limites do défice, e da despesa pública.
Debateu-se ainda a necessidade de presença permanente na floresta, para assegurar a vigilância, a fiscalização, a actuação em caso de prevaricação, que foi muito afectada pela extinção, em 2006, do Corpo de Guardas Florestais e, desde aí, pela rejeição das propostas do PCP para o reactivar. E o brutal ataque que paulatinamente tem sido perpetrado contra as funções sociais do Estado, contra a Administração Pública e os seus trabalhadores, cujas consequências estão agora à vista, no âmbito nomeadamente do ICNF e da Direcção Regional de Agricultura.