Na sequência do anúncio pelo Governo da intenção de requalificação do IP3, as Direcções das Organizações Regionais de Coimbra e de Viseu do PCP, consideram que não basta manifestar intenções, é necessário estabelecer datas, definir verbas e prazos para a execução das obras. Consideram ainda que:
1. Este anúncio não pode ser desligado da luta das populações, em particular da Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3, que desenvolveu um conjunto significativo de acções de impacto público, chamando a atenção para o elevado estado de degradação daquela que é a estrada que maior carga de trânsito tem na região centro, quer de automóveis ligeiros, quer de pesados que continua a ser uma das estradas com níveis de sinistralidade mais elevados. Recorde-se que por várias vezes foram anunciados, apenas 2,5 milhões de euros para realização de obras, sempre adiadas, que mal davam para reforçar a estabilidade dos taludes de aterro nos concelhos de Coimbra e Penacova, verba que era claramente insuficiente para dar resposta à intervenção profunda e estrutural, para melhorar a acessibilidade, garantir a segurança e reduzir drasticamente a sinistralidade rodoviária no IP3.
2. A DORC e a DORV do PCP sublinham ainda o papel da intervenção do PCP ao longo dos anos em torno da exigência de requalificação do IP3 destacando nesse conjunto de acções a apresentação, em Abril de 2018, de um Projecto de Resolução na Assembleia da República onde propõe “a requalificação e alargamento do IP3, a sua manutenção sem portagens e em condições de segurança".
3. A DORC e a DORV do PCPreiteram a urgência da intervenção no IP3, sublinhando alguns dos problemas identificados, que devem ser atacados de imediato :
- O piso degradado, em particular as brechas no pavimento em Espinheira e em Souselas, e a necessidade de nivelamento da plataforma onde há abatimentos, e de reforço e reparação de barreiras e taludes;
- A urgência de estabilização dos taludes afetados pelos incêndios;
- A necessidade de melhoria dos nós de acesso às povoações e às zonas industriais, de modo a eliminar os cruzamentos de nível;
- A necessidade de caminhos paralelos para acesso às propriedades e de barreiras sonoras nas zonas habitacionais onde tal não existe assim como da adequada vedação, por forma a evitar a passagem de animais;
4. A DORC e a DORV do PCP alertam para o facto de apenas se tratar de um anúncio, lembrando que, historicamente, os sucessivos governos nos habituaram a não cumprir, no que concerne ao IP3 e aos demais compromissos assumidos perante a Região e o País.
5. A DORC e a DORV do PCP reiteram, por isso, o apelo à continuação da luta das populações, exigindo por parte do Governo uma calendarização precisa para a intervenção no IP3 com a devida disponibilização de verbas o urgente início das obras necessárias.
6. A DORC e a DORV do PCP continuarão a manifestar o seu apoio aos movimentos e a intervir no sentido da concretização desta reclamação justa de utentes, empresários, autarcas e populações - requalificação imediata do IP3, com duplicação da via e separador central e sem portagens.
A DORC E A DORV DO PCP