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Uma delegação do PCP com a deputada na AR, Ana Mesquita, realizou uma série de visitas dedicadas às questões da saúde, nos Concelhos de Penacova e Coimbra. No concelho de Penacova reuniu com a direcção do Centro de Saúde e com o Movimento + Saúde para o Hospital do Lorvão. No Concelho de Coimbra reuniu com dezenas de populares e com a Comissão de Utentes da Extensão de Saúde da Adémia.

20180522 Encontro com Movimento Hospital do Lorvão ana mesquita

Na visita aoCentro de Saúde de Penacova a delegação pode constatar que o edifício começa a necessitar de obras de manutenção. Apesar do Centro de Saúde ter neste momento 13650 utentes divididos por 9 médicos 9 enfermeiros e 7 auxiliares, o número de profissionaisnão permite gerir as dificuldades decorrentes de falhas por doença, principalmente quando a ausência ao serviço é prolongada. Sentem-se dificuldades ao nível de meios técnicos de apoio ao diagnóstico e, com o encerramento de algumas extensões, muitos utentes têm que fazer deslocações de vários quilómetros para o centro de saúde de Penacova ou para a extensão mais próxima, sendo importante estudar formas de deslocação das pessoas a determinado dia e hora. Foi sublinhado o facto de em Penacova existirem cerca de 2500 utentes em unidades de saúde fora do concelho e para a resistência das USF em libertarem ficheiros. A pressão governo, como forma de forçar a passagem dos Centros de Saúde para USF, faz-se sentir na maior facilidade de disponibilização de meios para as USF, em detrimento dos Centros de Saúde,e tem levado à concentração e encerramento de extensões, afastando cada vez mais os serviços de saúde do utente. O PCP assumiu o seu compromisso de intervenção e luta pela salvaguarda dos serviços de saúde de proximidade. A deputada do PCP assumiu o compromisso de questionar o governo sobre as dificuldades e os constrangimentos sentidos.

A Delegação do PCP encontrou-se com o movimento cívico, o Movimento + Saúde para o Hospital de Lorvãoque reclama a reconversão das instalações do antigo Hospital Psiquiátrico de Lorvão e a sua integração na Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI). O Movimento expôs as razões da sua reivindicação, sustentando-as nas reuniões com a população, que têm evidenciado a falta de vagas de Cuidados Continuados que é geradora de grandes perturbações familiares e profissionais. Os mais de 30 populares reunidos deram nota da petição pública que decidiram promover, que em dois meses já reuniu as 4.000 assinaturas necessárias para levar o assunto a debate na Assembleia da República, e que continua a reunir apoios. O Movimento entende que “Sendo o Serviço de Cuidados Continuados, quer em regime de internamento, quer em apoio domiciliário, uma decisão médica e não uma opção particular dos utentes, esse tratamento deverá ser assegurado pelo Serviço Nacional de Saúde.” A deputada do PCP comprometeu-se a fazer levar as reivindicações e preocupações à AR.

20180522 Encontro com utentes extensão de saúde de adémia

A deputada do PCP reuniu também com a população da Adémia tendo como pano de fundo a reabertura em Junho da extensão de saúde. Num encontro com dezenas de populares, a deputada do PCP ouviu as preocupações da população no que concerne às condições da reabertura. Os populares e a Comissão de Utentes denunciaram a reabertura "à experiência" até Dezembro e a tentativa de que pelas condições impostas seja de facto uma reabertura esporádica. A delegação do PCP exortou a população para continuar a luta no sentido de exigir que a reabertura seja efectiva, em todos os dias úteis da semana (e não só em 2 como é proposto), sem prazo de encerramento e com todas as condições logísticas e de pessoal. Os utentes denunciaram ainda as condições do centro de saúde de Fernão Magalhães em contraponto até com as condições físicas da extensão que agora reabrirá.

O PCP tem vindo a alertar para que todos os dias os utentes do Serviço Nacional de Saúde e os seus profissionais estão confrontados com as consequências gravosas de décadas de política de direita levada a cabo por PS, PSD e CDS e que o Governo do PS tarda em romper. Consciente de que a situação do SNS necessita de respostas imediatas, de que exige a ruptura com a política de direita e a adopção de uma política alternativa, o PCP apresentou um Plano de Emergência para o Serviço Nacional de Saúde que contempla o reforço de investimento para a requalificação e construção de centros de saúde e hospitais, substituição e renovação de equipamentos e alargamento de valências nos cuidados de saúde primários; a contratação de profissionais de todas as categorias dando-lhes condições de trabalho, repondo direitos e valorizando as carreiras; atribuir médico de família e enfermeiros de família a todos os utentes; reduzir os tempos de espera para consultas e cirurgias; reverter as PPP e assegurar a gestão pública dos hospitais actualmente em gestão PPP, revogar as taxas moderadoras e garantir o transporte de doentes não urgentes.

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