Perante o anúncio de encerramento da Estação Nova em Coimbra e arranque dos carris até à estação de Coimbra B:
1. Trata-se de uma decisão errada que vem aumentar a desertificação da baixa de Coimbra e prejudicar quem utiliza o comboio nas suas deslocações (trabalhadores, estudantes, turistas, …)
2. Tal decisão reduz ainda mais a possibilidade de ligação do Ramal da Lousã à rede ferroviária nacional.
3. Em cima dos milhões já gastos no Ramal da Lousã, o recurso a autocarros em substituição do comboio, implica gastar mais 90 milhões de euros. Metade dessa verba seria suficiente para repor e electrificar a linha ferroviária, reaproveitando o material circulante existente na CP.
4. A opção rodoviária, impedindo a ligação à rede ferroviária nacional, reduz a possibilidade de desenvolvimento da região por ser mais lenta, mais cara, menos amiga do ambiente e não permitir o transporte de mercadorias.
5. Esta solução significará a privatização de importantes parcelas dos transportes urbanos de Coimbra, prejudicando os SMTUC e conduzindo ao aumento de preços.
6. O PCP reafirma a necessidade de cumprir o Projecto de Resolução aprovado na Assembleia da República onde se propunha:
-Extinção da Metro Mondego, S.A.
-Devolução do seu património ao domínio público ferroviário e municipal
-Reposição, modernização e electrificação do ramal ferroviário da Lousã.
-Extinção da Metro Mondego, S.A.
-Devolução do seu património ao domínio público ferroviário e municipal
-Reposição, modernização e electrificação do ramal ferroviário da Lousã.
Abandonar a solução ferroviária é um profundo erro como se comprova pelos problemas resultantes do encerramento de linhas e pelas reclamações dos utentes sobre o funcionamento da opção rodoviária.
O PCP apresentou uma moção na Assembleia Municipal de Coimbra que procurava que o Município se posicionasse contra esta solução. PS, PSD, o Movimento Somos Coimbra e o Movimento Cidadãos por Coimbra votaram contra moção do PCP, associando-se assim a uma decisão que afectará o desenvolvimento da Cidade e do Distrito. Este posicionamento confirma que nas matérias estruturantes, e para lá do folclore para a Comunicação Social, existe uma ampla convergência das forças da política de direita no Município.