Hoje, em Miranda do Corvo, com pompa e circunstância, o Governo apresentou a sua "solução" para o transporte de pessoas e bens no Rama! da Lousã.
A primeira conclusão a tirar é a de que se continua a destruir a rede ferroviária nacional. E se a isto juntarmos o pretendido encerramento da Estação Nova, em Coimbra, vemos que linda "solução" nos é proposta!
Em segundo lugar, o erário público continua a ser delapidado. Em cima dos milhões já gastos no Ramal, o recurso a autocarros implica um gasto de mais 90 milhões de euros. Metade dessa verba seria suficiente para repor e electrificar a linha, reaproveitando todo o material, incluindo o circulante, existente na CP.
Em terceiro lugar, a nova opção, impedindo a ligação à rede ferroviária nacional, reduz a possibilidade de desenvolvimento destes concelhos. É mais lenta, mais cara, menos amiga do ambiente e não permite o transporte de mercadorias.
Além do mais, existem hoje outros sistemas de mobilidade, como por exemplo o de Cádiz, que permitem, em paralelo, circulação urbana e interurbana, alimentados por bi-tensão, partilhando a mesma bitola da ferrovia nacional.
O Partido Comunista Português, ao contrário de outros, não altera a sua posição consoante o local em que se encontra. Por isso, continuamos a exigir que se cumpra a resolução aprovada na Assembleia da República:
- Reposição dos carris;
- Modernização e electrificação do Ramal;
- Ligação à rede ferroviária nacional;
- Extinção da Metro Mondego, S.A., com devolução do seu património ao domínio público ferroviário e municipal.
As Comissões Concelhias de Lousã e de Miranda do Corvo do PCP