No Dia Internacional da Mulher, a Eurest anunciou o despedimento colectivo de 146 trabalhadores, 141 dos quais são mulheres, depois do que já realizara em Novembro do ano passado.
Esta empresa «tem um volume de negócios superior a 100 milhões de euros anualmente, dá milhões de lucros todos os anos» e «recebeu e continua a receber apoios do Estado neste período de pandemia».
É por isso «absolutamente inaceitável que a Eurest volte a despedir, especialmente considerando os lucros acumulados ao longo de largos anos no País».
«Em 2020 a empresa recorreu ao lay off simplificado e logo depois despediu 122 trabalhadores, ou seja, recebeu dinheiros da Segurança Social, empurrou 122 trabalhadores para o desemprego e agora pretende despedir mais 146 trabalhadores».
Trazemos este facto ao conhecimento da Assembleia Municipal de Coimbra já que no ano passado os alunos das escolas de Coimbra foram potencialmente afectados por decisões unilaterais de empresas que não respeitam contratos nem direitos, procurando, a todo o o custo o lucro.
Não nos podemos esquecer que Em março/ abril de 2020 foram despedidos 650 trabalhadores dos refeitórios das escolas do concelho de Coimbra da empresa ICA - Indústria e Comercio Alimentar,
Esta empresa servia milhares de refeições a alunos de escolas tuteladas pelo Ministério da Educação e através de um Consórcio ICA-Nordigal , com a Câmara Municipal.
A situação de dependência a que as entidades que recebem os serviços prestados por estas empresas fragilizam a sua capacidade de corresponder a uma necessidade que infelizmente, a situação de pandemia veio a tornar mais evidente – existem crianças que só na escola recebem refeições condignas.
Esta situação exige uma maior capacidade de resposta por parte do Município na confeção e distribuição das refeições escolares, como aprovado nas grandes opções do plano, após contribuição da CDU.
Aproveitando a inesperada mudança de funções no executivo, esperamos que se acelere e torne mais diligente o processo em curso para que todas as refeições escolares passem e ser confecionadas e distribuídas localmente e com recurso a fornecedores locais.
Até que tal se consiga exortamos o executivo a que os contratos futuros que se mostrem necessários, prevejam critérios de prioridade a quem privilegie a estabilidade dos contratos, rejeitando a precariedade laboral.