“Eles andam aí!”ou Os seis cantos da coisa
CANTO PRIMEIRO, COM JURA A PÉS JUNTOS
Eles andam aí!
Eles, são os que prometem hoje o que antes não quiseram fazer.
Não fizeram, mas dizem que «agora é que vai ser».
Dizem-no com o mesmo ar grave com que disseram antes.
Chegam a garantir, quase a jurar, como juraram antes.
Depois, arranjam desculpas para não cumprirem o que prometeram:
Se não é a pandemia é a guerra; se não é a guerra é o défice; se não é o défice é a dívida… ou a crise internacional.
O problema não será a sua política?
Eles andam aí, mas nós também cá estamos!
Com a CDU não há promessas, há compromissos: com os trabalhadores, com os jovens, com os mais velhos, com todo o Povo!
CANTO SEGUNDO PARA COMPLETAR O PRIMEIRO
Eles andam aí!
Andam por aí a pôr ovos em ninhos alheios.
Autopromovem-se com o que não queriam fazer, mas não puderam evitar.
Creches gratuitas; manuais escolares gratuitos; aumento de pensões e reformas; passes sociais… e muito mais.
O que eles não fizeram para resistir ao que se lhes propunha, mas não conseguiram; já da sua absoluta maioria têm dificuldade em destacar medidas positivas.
Hoje, dizem-se pais faz medidas que não queriam, mas não falam verdade; nem aceitavam adotá-las, quanto mais perfilhá-las.
Eles andam aí, mas nós também cá estamos.
Com mais votos e mais deputados eleitos pela CDU serão mais as medidas favoráveis aos portugueses, às portuguesas e a todos e todas que Portugal acolhe.
CANTO TERCEIRO EM “PAF” MENOR
Eles andam aí!
Vêm de fininho como se nunca por cá tivessem andado.
Como se o cavaquismo fosse coisa de outra dimensão; ou o barrosismo; ou o coelhismo.
Como se nada tivessem a ver com o ENOOOORME aumento de impostos… ou o ataque aos serviços públicos, cujo golpe final foi preparado para ser desferido através da abortada “reforma do Estado” que caiu com um estrondoso “PAF”!
Uma PAF de que só sobrou o A que juntaram ao desgastado e bafiento D.
Não padeciam com as políticas que a troika impunha.
Diziam «com troika ou sem ela estas seriam as suas políticas…».
Foram além da troika.
Eles andam aí, mas nós também cá estamos.
Com uma CDU mais forte, as funções sociais do Estado são para respeitar, os serviços públicos para reforçar, os salários e as pensões para aumentar.
CANTO QUARTO À ESCOLHA DO FREGUÊS
Eles andam aí!
Dão-se por liberais.
Para o provar defendem:
«Cada um deve escolher o que prefere na Saúde, na Educação, na Segurança Social: temos privado azul, privado roxo e, ainda, privado amarelo».
O público é pintado de negro.
Deixam-no reservado para aqueles, cada vez mais, que forem absorvidos pelas manchas de pobreza e exclusão.
Que alastram!
Ler, escrever, contar e algumas habilidades serão suficientes para colaboradores com diploma de exploração.
Saúde q.b. para a maioria e proporcional ao valor do prémio do seguro para quem o puder ter.
Produtos financeiros que irão garantir uma velhice confortááável (Yes!) que irão encher os cofres do capital.
A maioria não deixará de sobreviver, acham, apesar das reformas de miséria.
Nos países liberais os trabalhadores ganham mais? Talvez, mas podem menos porque o que ganham não paga o que lhes pedem os privados.
Eles andam aí, mas nós também cá estamos.
A CDU respeita o setor privado, mas opõe-se à privatização do que é público, porque o público é de todos e o privado é só de alguns. Se o que é público deixasse de ser, as desigualdades seriam ainda maiores neste já tão desigual Portugal.
CANTO QUINTO, O INOMINÁVEL CANTO
Eles andam aí!
Eles são os inomináveis da extrema-direita.
Que é populista, farsante, impostora.
Levam a mentira colada no céu da boca.
Não disfarçam o ódio que espuma dos cantos no seu discurso.
Não toleram a diferença. Eles são a norma, o que é natural! E “prontos”!
O que é diferente é erro da Natureza.
Diversidade, seja de que natureza for, é ideologia.
Os inomináveis gostariam de voltar a ver marchar, sem passo trocado, a garbosa mocidade portuguesa.
Os inomináveis deliciam-se com a motosserra do Milei; o pensamento (se é que existe) do Bolsonaro; a teoria da conspiração do Trump; a chamada “escola neutra” dos neonazis alemães.
50 anos depois, os inomináveis ainda não desistiram de ajustar contas com Abril.
Não perdoam as suas conquistas!
Os inomináveis dizem-se dedicados à limpeza, mas não há lixívia, por mais pura que seja, que os consiga limpar a eles.
Eles andam aí, mas nós também cá estamos.
A CDU não quer ajustar contas com ninguém. Quer aprofundar Abril.
Defender os direitos e salários de quem trabalha;
Criar melhores condições de vida para os jovens e também os mais velhos;
Valorizar as profissões e as carreiras; os serviços públicos;
Distribuir a riqueza produzida de forma justa;
Proteger o ambiente, lembrando que o capital não é verde;
Melhorar a qualidade da nossa Democracia.
CANTO ÚLTIMO – “LAST BUT NOT LEAST”
Nós estamos aqui!
Para a CDU, as pessoas e a luta por uma vida melhor serão sempre prioridades.
Os partidos que integram esta coligação, como todos os independentes que nela se reveem, já deram provas disso mesmo.
Sempre lutaram pelos direitos de quem trabalha ou trabalhou, pela dignidade do ser humano, pela Liberdade e pela Democracia.
Lutaram sem limites da própria vida.
Aconteceu antes de se abrirem as portas de Abril, mas também depois, naquele 1.º de Maio de 1982, no Porto, em que foram assassinados dois camaradas nossos.
Estamos prontos para continuar.
Continuaremos honrando o nosso papel e os nossos compromissos, o que faremos tanto melhor quanto maior for a força que tivermos.