Mais de 350 pessoas participaram no jantar/comício da DORC do PCP no passado dia 24 de Janeiro. O jantar/comício, sob o lema, Continuar a luta! um PCP mais Forte!, realizou-se na freguesia de Cernache e contou com a participação de Jerónimo de Sousa, Secretário Geral do PCP.
O Jantar, realizado no Gimnodesportivo da União Desportiva e Recreativa de Cernache, foi totalmente confeccionado e preparado com mão de obra militante, facto que foi salientado e valorizado nas intervenções políticas. Intervieram Ana Jorge, da JCP, Vladimiro Vale, da Comissão Política do PCP e Jerónimo de Sousa. O Jantar foi apresentado por Vitor Carvalho, Membro da Concelhia de Coimbra do PCP e Presidente da Junta de Freguesia de Cernache. Uma das três Juntas com Executivo de maioria CDU no Concelho de Coimbra.
Durante as intervenções foi valorizada a capacidade de resposta do Partido às muitas solicitações do ano de 2013. Muitas lutas contra o rumo de desastre inscrito no pacto de agressão subscrito por PS, PSD e CDS. Todo o trabalho de preparação das eleições autárquicas. Simultaneamente com a preparação e mobilização para muitas e importantes lutas se comemorou o centenário do Camarada Álvaro Cunhal, com dezenas de iniciativas em todo o distrito, das quais se destacaram as exposições patentes em muitos dos concelhos do distrito, e o grande espetáculo “Música com Paredes de Vidro” do passado mês de Novembro.
Um ano intenso em que, apesar de muitas dificuldades e insuficiências, o partido se reforçou recrutando 71 novos militantes. Foi ainda abordada a necessidade de preparar todo o trabalho da acção de organização, de estruturação partidária, de elevação da militância e de responsabilização de mais militantes, decidida pelo Comité Central, as eleições para o Parlamento Europeu de 29 de Maio e as comemorações do 40º Aniversário do 25 de Abril, articuladas com a intervenção geral do Partido e o desenvolvimento da luta.
Foram abordadas as consequências da aplicação do Pacto de agressão, assinado por PS, PSD e CDS, no distrito de Coimbra. Destruição de emprego no distrito, com mais 9 mil desempregados em 3 anos. Apenas 41% dos desempregados inscritos nos centros de emprego do distrito recebe subsídio de desemprego. A precariedade cresce. A maioria esmagadora das ofertas de emprego (90%) são para contratação a prazo, com salários baixíssimos. Aumenta a pobreza e a emigração.
Ataque aos serviços públicos do distrito e do País. O desmantelando de unidades de saúde importantíssimas como o Hospital dos covões, encerrando valências. Privatizando hospitais entregando-os às misericórdias, como o Hospital de Cantanhede. Enquanto proliferam unidades de saúde privadas.
Denunciou-se o plano de encerrando postos dos CTT, processo que se iniciou ainda o PS era Governo, quando se encerraram os postos de correio do Mercado D.Pedro V, de Santa Clara, da Universidade, Taveiro, Ceira, HUC, entre muitos outros no distrito. E depois, já com este governo PSD CDS, encerraram mais um grande número de postos, incluindo em Cernache; O desinvestimento na educação e degradação a escola pública, enquanto na última década aumentaram o número de escolas privadas para 170 em todo o distrito.
Denunciou-se ainda que o plano dos sucessivos governos foi sempre o favorecimento dos interesses do capital. Plano que se repete em todos os sectores. Como no processo de destruição de linhas ferroviárias. Ramal da Pampilhosa e o Ramal da Lousã.
Apelou-se à intensificação da luta de massas por uma política e um governo patrióticos e de esquerda, e à participação manifestação organizada pela União dos Sindicatos de Coimbra, contra a exploração e o empobrecimento, inserida no dia nacional de luta convocado pela CGTP-IN, no próximo dia 1 de Fevereiro, sábado, às 15 horas na praça da república.
Reafirmou-se que está nas mãos dos trabalhadores e do povo a possibilidade de derrotar este governo e esta política de desastre imposta pelos partidos da troika interna, PS, PSD e CDS. Com a intensificação da luta, com o reforço do PCP e com a alteração da correlação de forças é possível libertar Portugal da dependência e da submissão, recuperar para o País o que é do País, devolver aos trabalhadores e ao povo os seus direitos, salários e rendimentos.