Realizámos este Jantar Comemorativo dos 95 anos de um Partido que nasceu da vontade dos trabalhadores e da classe operária portuguesa para ser parte integrante da sua luta e dos seus objectivos de emancipação.
Um Partido insubstituível na luta contra o fascismo e na revolução de abril. Um partido que continua insubstituível hoje, assumindo-se como força que se apresenta com propostas e soluções para uma política alternativa patriótica e de esquerda. Um partido fundamental para a construção da possibilidade encontrada, pela derrota do Governo PSD/CDS e pela nova correlação de forças na Assembleia da República, de abrir caminho à recuperação de direitos e rendimentos roubados.
Também no distrito e no concelho a acção do PCP é insubstituível na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, em defesa dos serviços públicos, .
Na luta pela Defesa do Ramal da Lousã. Uma luta prolongada, com altos e baixos, mas em que a persistência e a justeza dos objectivos teve reflexo este ano, com a aprovação do projecto de resolução do PCP na Assembleia da República, que se pronunciu pela: Extinção da Sociedade MM e Devolução do seu património ao domínio público ferroviário e ao domínio municipal (Votos a favor: PCP, PEV, PAN; Abstenção: BE, PS, PSD, CDS) e pela Reposição, modernização e electrificação da linha do Ramal da Lousã (votos a favor de PCP, PEV, PAN, BE, PSD, CDS; Abstenção: PS).
Várias forças políticas demonstraram, durante este processo, hipocrisia e falta de respeito pelas populações. O percurso ziguezagueante destas forças reflete também a persistência da luta. Em 2010 o PCP tinha apresentado um projecto com o mesmo teor - PS, PSD e CDS votaram contra. Em 2015 o PCP apresentou novamente o projecto, PSD e CDS votaram contra e PS e BE abstiveram-se. E na Assembleia Municipal de Coimbra no dia 1 de Março lá vieram as contradições ao de cima com a rejeição de uma moção com o mesmo conteúdo. A aprovação do projecto do PCP é muito importante, mas é imprescindível que as populações continuem a lutar e a exigir que se cumpra o que foi aprovado na AR. Para isso sabem que podem contar com o PCP.
Também na luta em defesa dos SMTUC, o PCP tem tido um papel importante. Os SMTUC são serviços igualmente centenários: têm actualmente cerca de 138 viaturas, 467 trabalhadores, 88 linhas, 550 Km de rede. Servem cerca de 15 milhões de passageiros/ano e não têm qualquer apoio do Orçamento do Estado. O PSD na autarquia até 2013 defendia a empresarialização dos SMTUC. A actual maioria PS defende a fusão dos SMTUC com a Metro Mondego e consequente entrega a privados. A luta das populações e dos utentes, a par da intervenção da CDU nos órgãos autárquicos, têm vindo a estreitar a margem para avançar com estes projectos. Mas é preciso continuar.
Foi a voz do PCP que se ouviu na defesa dos trabalhadores da Empresa de limpezas industriais NOVA SERVIÇOS que ainda não tinham recebido o seu salário referente ao mês de Janeiro. Sendo que esta empresa de trabalho temporário e precário presta serviços a empresas e instituições como a Câmara Municipal de Coimbra e Serviços Municipais, entre outras.
Foi a voz do PCP que se ouviu na denúncia das causas das Cheias no distrito. Realidade indissociável da debilitação das estruturas desconcentradas da Administração Central do Estado, verificada nos últimos anos, nas áreas da agricultura e do ambiente, entre outras, que comprometeu a capacidade de intervenção em domínios como a limpeza de valas e linhas de água, o desassoreamento de leitos, a par do atraso na conclusão do Aproveitamento Hidro-agrícola do Baixo Mondego, que permitiria outra margem de manobra na gestão de fenómenos meteorológicos extremos como o agora verificado e da privatização da EDP em que a lógica do lucro subverteu o objecto de uma empresa que deveria, em primeiro lugar, pugnar pela protecção das populações.
Foi a voz do PCP que se ouviu lado da população de Souselas apoiando a sua oposição à intenção da Cimpor de aumentar as emissões de Carbono orgânico - lutando pela qualidade ambiental.
É a voz do PCP que tem colocado a necessidade de reversão da fusão dos Hospitais de Coimbra que levou ao encerramento de muitas unidades de saúde degradaram serviços, desestruturaram equipas e afectaram a capacidade de resposta dos serviços.
É da voz do PCP que se ouve a pergunta “Fazem falta todos os dias e de forma permanente. Porque é que os seus vínculos são precários?” Na campanha nacional "Mais direitos, mais futuro. Não à precariedade" em acções de contacto junto dos trabalhadores, em empresas e locais de trabalho, que é preciso continuar.
Precisamos de um Partido forte e interventivo na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo, no desenvolvimento da sua luta e organização, na resposta a problemas imediatos, na afirmação da necessidade da ruptura com a política de direita e da adopção duma política patriótica e de esquerda. Uma política que rejeite a submissão às imposições do Euro e da UE, recuperando para o País a sua soberania.
Precisamos de reforçar as organizações e movimentos unitários de massas afirmando e o êxito e as conclusões do XIII Congresso da CGTP-IN. Daremos conteúdo à acção junto dos reformados e pensionistas sobre os seus direitos e condições de vida no próximo mês de Março.
Precisamos de «Mais organização, mais intervenção, maior influência – um PCP mais forte», para isso precisamos de mais militância, mais envolvimento, mais organismos a cumprir o seu papel. Teremos que finalizar a Campanha Nacional de Fundos «Mais Espaço, Mais Festa. Futuro Com Abril» até ao próximo mês de Abril. Prepararemos a Festa do Avante!, que terá lugar em 2, 3 e 4 de Setembro, inserindo estas linhas de trabalho e o conjunto da actividade do Partido no trabalho preparatório do XX Congresso, a realizar a 2, 3 e 4 de Dezembro – Um Congresso que já começou e que importa agora envolver todo o colectivo partidário na discussão e preparação.