"A nova fase da vida política nacional, alcançada com a derrota do PSD e CDS e o seu afastamento do governo, abriu perspectivas para dar resposta a problemas e aspirações dos trabalhadores e do povo. Foi por esse objectivo que o PCP se bateu, contribuiu e continua a contribuir norteado pelos interesses dos trabalhadores, do povo e do País."
"Na actual fase da vida política foi possível dar passos na resposta a problemas e aspirações mais imediatas dos trabalhadores e do povo. Mas tais passos não iludem que a situação do País continua a evidenciar um quadro global de fraco crescimento económico, a manutenção de uma taxa de desemprego estruturalmente elevada e níveis de investimento insustentáveis que comprometem a recuperação futura"
"De facto, é na política patriótica e de esquerda que se encontrará resposta a problemas estruturais da vida do país que, com o actual governo PS, continua adiada. A libertação da submissão ao Euro, articulada com a renegociação da dívida e a recuperação do controlo público da banca e de outros sectores estratégicos; a valorização dos salários e direitos dos trabalhadores; a defesa da produção nacional; a justa tributação fiscal; a valorização e melhoria dos serviços públicos e das funções sociais do Estado; a defesa da soberania e dos interesses nacionais perante as imposições do grande capital e da UE, constituem, de facto, o rumo alternativo necessário perante as contradições e impasses em que Portugal está mergulhado.
Nesse percurso, o PCP afirma-se como uma força indispensável e insubstituível para esse processo de ruptura com a política de direita e mudança na vida nacional, para as transformações sociais e económicas condizentes com o projecto inscrito na Constituição da República."
Excertos do Comunicadodo Comité Central do PCP de 31 de Outubro de 2016