Mais de 150 militantes e amigos do PCP participaram num jantar comemorativo do 96º aniversário do PCP no concelho de Coimbra. A iniciativa decorreu na Sexta-feira, 10 de Março, no Centro Recreativo da Cidreira em Antuzede, Coimbra, sob o lema COM OS TRABALHADORES E O POVO - DEMOCRACIA E SOCIALISMO, e contou com a participação de João Oliveira, da Comissão Política do Comité Central do PCP e Presidente do Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República.
A iniciativa contou ainda com as intervenções de João Pinto Ângelo, da JCP, Manuel Rocha, da Comissão Concelhia de Coimbra. João Pinto Ângelo, da JCP, apelou à participação da juventude nas jornadas de 24 de Março, dia do Estudante e de dia 28 de Março, na Manifestação da Juventude trabalhadora contra a precariedade. Tendo abordado ainda a luta contra a tentativa de transformação da UC em fundação de direito privado. Manuel Rocha, da Comissão Concelhia, reafirmou o carácter insubstituível do PCP na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, em defesa dos serviços públicos, exemplificando com luta pela Defesa do Ramal da Lousã e a luta pela reversão da fusão dos Hospitais de Coimbra. Abordou a realização da XI Assembleia da Organização Concelhia de Coimbra no dia 25 de Março de 2017, na SOCIEDADE RECREATIVA ALMA LUSITANA – SANTA CLARA – COIMBRA. Reafirmou a importância das eleições autárquicas, em que o PCP se apresenta no quadro da CDU – Coligação Democrática Unitária, PCP-PEV. Caracterizou a CDU em Coimbra como “UMA VOZ IMPRESCINDÍVEL AO SERVIÇO DAS POPULAÇÕES
Força que tem estado na primeira linha na denúncia e combate aos ataques de sucessivos governos contra as funções sociais do Estado e contra o Poder Local, que tem pautado a sua intervenção no sentido da resolução dos problemas concretos da população, da defesa dos serviços públicos, dos trabalhadores e dos órgãos autárquicos próximos das populações, na defesa do direito à habitação, valorizando os serviços e trabalhadores municipais.” Denunciou a prática centralista da maioria PS na Autarquia, responsável pela paralisação de diversos serviços da autarquia, atrasando múltiplos processos e tomadas de decisão, com claros prejuízos para os munícipes. Afirmou o carácter diferenciador das propostas e opções da CDU, a dimensão de alternativa clara e assumida à gestão e projectos de outras forças políticas, sejam PSD e CDS, seja PS ou BE. “A independência política, de juízo e acção políticas que o PCP preserva e assume na vida política nacional prolonga-se e expressa-se no projecto e candidaturas que marcam a intervenção eleitoral da CDU nas próximas eleições para as autarquias locais.”
Na sua intervenção, João Oliveira , da Comissão Política do CC do PCP, caracterizou o ambiente de grande confiança, vitalidade e esperança no futuro, que ficou patente no XX Congresso do PCP, que permitiu avançar com as campanhas «Produção, emprego, soberania. Libertar Portugal da submissão ao Euro», que sublinhará a importância da libertação do País da submissão ao euro, associada à renegociação da dívida e à recuperação do controlo público da banca, para enfrentar os constrangimentos externos, recuperar a soberania monetária e orçamental, libertar recursos para o investimento público, melhorar os serviços públicos e reforçar as funções sociais do Estado, mas também, e entre outras iniciativas, a acção nacional «Mais direitos, mais futuro. Não à precariedade» visando o justo princípio de que a um posto de trabalho permanente deve corresponder um contrato de trabalho efectivo. Afirmando que os “passos dados nesta nova fase não podem iludir a vulnerabilidade do País face a factores de conjuntura externa, particularmente quando está destituído de soberania monetária e totalmente dependente das opções do BCE ou da chantagem das agências de notação financeira.
Ameaças, pressões e exigências que revelam a impossibilidade de defender os interesses de Portugal sem enfrentar a questão da dívida e da submissão ao euro, das regras e imposições externas e a agenda de empobrecimento e declínio que os centros do capital querem impor a Portugal.” A necessidade de “uma política de defesa e promoção da produção nacional e dos sectores produtivos; Uma política de valorização do trabalho e dos trabalhadores; recuperação para o sector público dos sectores básicos estratégicos da economia e de forte apoio às micro, pequenas e médias empresas; serviços públicos ao serviço do povo e do País, valorizando o Serviço Nacional de Saúde como serviço geral, universal e gratuito; uma Escola Pública, gratuita e de qualidade; um sistema de Segurança Social Público e Universal. Uma política de justiça fiscal que alivie a carga fiscal sobre os rendimentos dos trabalhadores e do povo e rompa com o escandaloso favorecimento do grande capital.”
João Oliveira afirmou a necessidade de dar mais força ao PCP “Olhando para a evolução da situação nacional, nesta nova fase da vida política, pese o conjunto de contradições decorrentes do quadro político resultante, não podemos deixar de constatar e valorizar os avanços e conquistas alcançados. Avanços e conquistas que são inseparáveis da contribuição e da iniciativa do PCP e da acção e luta dos trabalhadores. Avanços e conquistas que só se tornaram possíveis numa correlação de forças em que o PS não dispõe de um governo maioritário. Avanços que estão para além do que o Programa do PS admitia. Fosse outro resultado das eleições e fosse possível a formação de um governo maioritário do PS, fosse outra a correlação de forças na Assembleia da República e, não se duvide, muitos dos avanços conseguidos não estariam concretizados. Foram-no porque há luta. Foram-no porque o PCP e o PEV, com o seu peso, têm condicionado as opções políticas. Na verdade nada do que se conseguiu seria possível noutro quadro e sem o contributo e a iniciativa do PCP.”
O dirigente afirmou ainda que “Aqui estamos orgulhosos do nosso passado, com a confiança de sermos um Partido necessário e indispensável para construir em Portugal uma alternativa política e de uma política ao serviço dos trabalhadores do povo e do País. O Partido a que todos nós, militantes comunistas, temos o orgulho imenso de pertencer, assumindo o legado que nos foi deixado por sucessivas gerações de comunistas. O Partido Comunista Português sempre determinado e combativo no cumprimento do seu papel na defesa dos interesses populares, por uma política patriótica e de esquerda, por uma democracia avançada, pelo socialismo e o comunismo.”