A Direcção da Organização Regional de Coimbra do PCP tem acompanhado com preocupação as notícias que têm vindo a público sobre a eventual suspensão das obras do Metro Mondego.
Assim, decidiu questionar o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e solicitar uma reunião com a Administração da Metro Mondego.
Segue o texto da pergunta formulada pela deputada Rita Rato ao respectivo Ministério:
“Assunto: Obras do Metro Mondego
Destinatário: Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
Exm.º Sr. Presidente da Assembleia da República
O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português tomou conhecimento da possível suspensão das obras do Metro Mondego em Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo.
Tendo em conta que já se encontra interrompida a circulação no ramal da Lousã e que estão em curso obras, esta decisão causará problemas às populações dos concelhos de Miranda do Corvo, de Lousã e de algumas freguesias do concelho de Coimbra, que perderam já a ligação à rede ferroviária nacional, e perderão uma importante ligação a Coimbra. Este Ramal registava mais de um milhão de utentes por ano e serve uma região com mais de 50 mil habitantes que conta há mais de um século com este meio de transporte.
Visto que já ocorreram inúmeras expropriações e demolições que afectam uma área bastante significativa da baixa de Coimbra, a suspensão do projecto significará prejuízos evidentes para a população.
Ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito ao Governo que, por intermédio do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações me sejam prestados os seguintes esclarecimentos:
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Tendo em conta que já foram arrancados os carris do ramal da Lousã com claros prejuízos para as populações e utentes. Tendo em conta que os prejuízos já foram admitidos pelos responsáveis do projecto, que se comprometeram com celeridade nas obras, será admissível a suspensão das obras?
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Tendo em conta todos os compromissos já assumidos com as pessoas destes concelhos e com obras e projectos adjudicados não considera o governo que esta decisão está ferida de racionalidade económica e desrespeita as promessas feitas aos utentes?”