Uma delegação da CDU, com a presença da Manuel Rocha, Inês Carvalho e Rui Mendes reuniu com a direcção do Sindicato dos Funcionários Judiciais.
Na reunião foi transmitida pelo Sindicato à CDU a preocupação com a falta de funcionários judiciais, atenta a não admissão de funcionários nos últimos anos e a elevada média de idade dos que se encontram ao serviço, mas em breve se irão reformar. Também foi transmitida a preocupação com o estado degradado do parque judiciário, sobretudo em Coimbra e a falta de investimento em instalações próprias e os elevados montantes despendidos pelo Estado em rendas pelos espaços ocupados pelos tribunais e outros afectos à justiça.
Os problemas decorrentes da falta de valorização da carreira destes profissionais, baixos salários, não progressão foram também discutidos na reunião. Na reunião foi ainda abordado o projecto de alteração do Estatuto Profissional, apresentado pelo governo, que foi reputado de inadequado e muito prejudicial para os trabalhadores deste sector e para a Justiça, ao qual a associação deu parecer negativo. Também foi transmitida a preocupação com a crescente privatização de sectores da justiça e sensação de maior interferência do poder político e politização na questões de progressão e desenvolvimento da carreira.
Todas estas preocupações e problemas são conhecidos e partilhados pela CDU que tem vindo não só a denunciá-los como a apresentar propostas concretas, facto que foi reconhecido por esta associação sindical.
Assim, a CDU reafirma a importância fundamental dos funcionários judiciais para a administração e funcionamento da justiça em Portugal.
O PCP e a CDU defendem:
· Aumento do investimento na Justiça, em recursos humanos, infraestruturas, equipamentos e outros meios, e o efectivo cumprimento do Plano Plurianual de Investimento na Investigação Criminal, proposto pelo PCP e aprovado no OE para 2021;
· Valorização das carreiras dos profissionais da justiça;
· Garantir a independência e autonomia dos profissionais da justiça;
· Concretizar a ideia há muito adiada de construção de um novo palácio da justiça em Coimbra, por forma a concentrar num único local todos os juízos e serviços da justiça, até agora dispersos e instalados em edifícios particulares a cujos proprietários o Estado paga avultadas rendas.