“Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara” (Livro dos Conselhos, lido e transcrito por José Saramago)
Olha as imagens uma a uma – fragmentos dos lugares e dos viveres, bonecos de luz e o rumor das suas vozes.
Percebe-lhes (nas imagens) os significados, as latitudes, as alegrias. Adivinha-lhes as texturas, os ritmos, o trajeto do olhar que fixou a objetiva e seguiu o seu caminho.
Procura-lhes as semelhanças, as coerências, o particular idioma que quis gravar no papel um certo modo de ver.
Atenta, agora, nos nomes: Arnaldo Carvalho, José Pinto, Luís Garção Nunes, Miguel Lucena, Miguel Mesquita – cinco olhares à procura do que merece a pena ver, reparar, fixar, mostrar. Cinco visitadores de lugares distantes ou de um bosque aqui ao pé.
E gente, muita gente – umas vezes retrato, outras vezes metáfora: as vidas em cambalhota, o barro de que surgimos, Ícaro a pé (para cá do Sol), um moinho sobre o mundo, um sábio despenteado.
Cinco histórias de mais muitas, à espera dos visitantes e dos seus modos de ver.
