EM DEFESA DOS ESTALEIROS NAVAIS DO MONDEGO – VALORIZAR A PRODUÇÃO NACIONAL
O PCP realizou encontros com Trabalhadores e Administradores dos Estaleiros Navais do Mondego e responsáveis locais do Partido e a Deputada do PCP no Parlamento Europeu Sandra Pereira.
O PCP tem vindo, desde sempre, a intervir no sentido de defender esta estratégica unidade industrial. A falta de apoio financeiro continua a ser a principal dificuldade para o desenvolvimento dos projectos existentes e que visam a sua viabilização. A empresa está totalmente dependente do apoio do Estado de Timor Leste, o principal credor da actual Empresa, o que é uma situação inaceitável pois põe em causa a própria credibilidade do Estado Português em relação a um país amigo.
O PCP defende a necessidade de uma solução urgente que passa inevitavelmente pelo apoio do Estado através dos mecanismos existentes, que permita a este Estaleiro Naval desenvolver os seus projectos que passam pela melhoria do equipamento instalado, construção de uma doca seca para navios até 100m, que lhe permitirá intervir na área da reparação e inspecção de navios, assim como desenvolver outras aptidões na área da metalomecânica pesada.
Defende ainda o PCP uma intervenção persuasiva junto da Administração do Porto da F Foz no sentido de manter uma política de arrendamento destas instalações mais adequadas à actual situação. Os estaleiros pagam uma renda muito elevada à Administração dos Portos da Figueira da Foz (APFF): cerca de 30 mil €/ mês (os estaleiros de Viana, dez vezes maiores, pagam 35 mil €/ mês), sendo que o arrendatário anterior pagava 9 mil €/ mês.
A importância desta indústria no contexto da recuperação da produção nacional, é do maior interesse Regional e Nacional, não só pelos postos de trabalho directos mas para todo o sector prestador de serviços ligados à Indústria Naval.
Assim, o PCP comprometeu-se levar, uma vez mais, esta questão às diversas Instituições Nacionais e Comunitárias através da sua deputada Sandra Pereira, presente nesta reunião. Comprometeu-se igualmente dar voz a este problema quer no Município Figueirense quer na CIM da Região.
PCP SOLIDÁRIO COM LUTA DOS TRABALHADORES DA ERSUC
Sandra Pereira, deputada do PCP no parlamento Europeu, esteve ainda em Coimbra onde, com uma delegação da Direção Regional de Coimbra do PCP, se encontrou com a Direção regional do STAL e representantes dos trabalhadores da ERSUC do grupo EGF/Mota Engil.
Os trabalhadores abordaram a discriminação remuneratória entre trabalhadores do mesmo grupo - a diferença salarial entre trabalhadores chega a atingir mais de duas centenas de euros -; a inexistência de carreiras profissionais e de profissões que tenham correspondência com aquilo que cada trabalhador executa regularmente faz com que, por exemplo, um motorista, que tem de ter documentação específica para poder conduzir, é considerado como operador de resíduos.
Os trabalhadores denunciam a falta de critérios claros na avaliação de desempenho, que funciona na base da arbitrariedade e da permanente chantagem junto dos trabalhadores para forçar o trabalho em dias feriados e para forçar giros quase impossíveis de cumprir e sem pausas de descanso.
Os trabalhadores reclamam ainda o subsídio de insalubridade penosidade e risco e apresentaram um caderno reivindicativo à empresa, que se recusa a negociar sobre estas e outras matérias.
O PCP manifestou a solidariedade para com a luta dos trabalhadores da ERSUC reafirmando que toda a situação na empresa não pode ser desligada do processo de privatização da EGF. A deputada do PCP comprometeu-se a questionar a Comissão Europeia sobre a discriminação salarial, visto que este grupo recebe fundos Europeus.
O PCP comprometeu-se ainda a questionar o governo, sobre as reclamações dos trabalhadores, e manifestou apoio à sua luta incluindo da concentração do próximo dia 23, em Lisboa, junto à sede do Grupo EGF mota ENGIL.