O candidato da CDU à Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Queirós, acompanhado de uma delegação da CDU, reuniu com o núcleo de Coimbra da Confederação dos Micro, Pequenos e Médios Empresários. A reunião inseriu-se num conjunto de contactos que a CDU está a realizar com entidades que intervêm no Concelho com objectivos de ouvir, fundamentar a sua acção e apresentar propostas.
Nesta reunião de trabalho focaram-se os problemas gerais com que os MPME se debatem decorrentes da grave situação do país e das políticas de favorecimento dos grandes grupos económicos. As MPME, que são um pilar da economia e do emprego em Portugal, são tratadas como o elo mais fraco.
Os problemas de ordem local também concorrem para criar problemas aos MPME. Foram abordadas as questões da Baixa, do Mercado Municipal, entre outras. Ficou evidente que os problemas da Baixa de Coimbra só se poderão resolver actuando em quatro vertentes. Reabilitação Urbana – gente a morar na baixa; Serviços Públicos – gente a trabalhar na baixa; Transportes e Estacionamento – gente a vir à baixa; Animação – gente a desfrutar da baixa;
Só com gente a viver na baixa se pode inverter o despovoamento, para isso é necessário reabilitar. É preciso desbloquear projectos importantes de reabilitação da Baixa que estão parados. Projectos como o do Terreiro da Erva e de reanimação do Mercado Municipal, entre outros.
A autarquia não pode assistir impávida ao encerramento de serviços públicos. Foram os CTT, foi a PSP, fala-se de encerramento de escolas e de deslocação do tribunal. O encerramento da linha da Lousã afastou milhares de pessoas da Baixa. Um possível encerramento de Coimbra A seria catastrófico.
Os sucessivos governos, PS, PSD e CDS tem conduzido políticas de favorecimento das Grandes superfícies, que conduziram à implantação desregulada de milhares de metros quadrados de superfícies comerciais que vieram desestruturar o tecido comercial favorecendo os grandes grupos de distribuição. O favorecimento da banca e da especulação conduziu a uma situação de falta de financiamento das MPME e à sua asfixia financeira. A fiscalidade penaliza brutalmente os MPME: o aumento do IVA; a falta de flexibilidade de pagamento do IVA, carrega os MPME de coimas; a não adopção do chamado IVA de Caixa, faz com que tenham que pagar impostos antes de receber. A recente lei do arrendamento vai conduzir à inviabilização de muitos estabelecimentos, num quadro em que muitos espaços estão desocupados por exigirem rendas altíssimas.
A CDU reafirma que é necessária outra política, uma política que rompa com o favorecimento dos grandes grupos em detrimento dos MPME no país e no concelho.
CDU - Coimbra em Luta por uma Vida Melhor!