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20161210_torres_do_mondego.jpgTORRES DO MONDEGO
TRÊS ANOS EM BALANÇO

Cumprindo-se já o último ano de mandato dos órgãos autárquicos da Freguesia de Torres do Mondego, importa fazer um balanço sobre a situação da Freguesia, os seus problemas, as suas prioridades, as promessas por cumprir e a atuação da CDU na Assembleia de Freguesia e junto da comunidade local.

Tendo como ponto de partida a análise dos programas eleitorais do PS – “Valorizar Torres do Mondego” e da CDU – Experiência, Competência e Disponibilidade Permanente”, a CDU Torres do Mondego foi para o terreno e, lugar a lugar, observou, comparou, conversou com a população e tomou o pulso à Freguesia em vários aspetos fundamentais.

INFRAESTRUTURAS BÁSICAS

 A margem esquerda continua sem saneamento. Os lugares de Carvalhosas, Palheiros e Zorro continuam sem saneamento básico. Sabemos todos que não é da competência da Junta, mas também sabemos que os órgãos da Freguesia podem ter um papel fundamental na exigência e na reivindicação para a resolução do problema. A falta de saneamento cria problemas e dificuldades às populações, obrigadas a pagar pelo despejo das fossas, quando esgotam as duas descargas, apesar de pagarem taxas de saneamento, uma clara situação de discriminação dentro da Freguesia e do Concelho que urge solucionar ou encontrar uma forma de compensar estas populações.

 O cemitério de Torres do Mondego à espera de alargamento. O processo dura há anos e já passou por dois mandatos da CMC, sem qualquer alargamento à vista.

 Os pontos de recolha de lixo desleixados. Não foi implementada qualquer ação que visasse manter limpos os locais de recolha de lixo e os ecopontos. A Freguesia continua sem qualquer local de recolha de entulhos e os despejos selvagens no meio da natureza prosseguem.


TRANSPORTES E ACESSIBILIDADES

 SMTUC - Adequação dos horários e trajetos. Sabendo que os transportes também não são uma competência dos órgãos de Freguesia, cabe à Junta dialogar com os SMTUC no sentido da adequação de horários e trajetos dos autocarros que servem as populações.
A CDU promoveu um abaixo-assinado pelo prolongamento da linha 42 de Vale de Canas ao Casal da Misarela, descendo ao Casal da Misarela via Casal do Lobo, mantendo todas as linhas existentes. Esta solução permitiria reduzir as assimetrias em relação aos restantes utilizadores dos SMTUC, aumentar o número de utilizadores (15 a 20) e implementar mais segurança e conforto para os utentes (maioritariamente idosos), evitando fazer um trajeto de dois quilómetros a pé, de noite, sem luz, muitas vezes à chuva, facilitando ainda um acesso mais direto aos Hospitais e a outros serviços, aos empregos e à parte alta da cidade de Coimbra, evitando o transbordo para outras linhas dos SMTUC.

Acessos ao interior dos lugares. Continuam os estrangulamentos dentro das povoações, tendo sido abandonada qualquer estratégia de requalificação e alargamento de algumas ruas consideradas essenciais ao acesso de viaturas de emergência. Mesmo os processos de alargamento desenvolvidos ao longo de mandatos anteriores não tiveram continuidade.

 Continua a insegurança na EN 110. A passagem da EN 110 pelos lugares de Casal da Misarela e Torres do Mondego continua a gerar insegurança para os peões. Continua sem ser implementada qualquer medida que vise reduzir a velocidade dos veículos dentro destas localidades. O facto de ser uma estrada nacional não pode constituir um alibi para impedir a instalação de semáforos e passadeiras nos locais mais perigosos.

 Caminhos agrícolas e florestais sem manutenção. Numa Freguesia em que os terrenos agrícolas e florestais cobrem a maior parte do território, muitos dos caminhos agrícolas e florestais não têm manutenção há anos!

Os caminhos agrícolas são parte integrante do património agrário da Freguesia e permitem o acesso das  Populações aos seus terrenos numa época em que se verifica um claro regresso à terra. Os caminhos florestais são, em muitos casos, vias de acesso fundamentais para a vigilância florestal e em caso de incêndio, o que, dadas as características da Freguesia, deveria ser tido em conta ao longo de todo o ano.


APOIO SOCIAL

 Apoio aos idosos. Num contexto de envelhecimento acentuado da população, continua a não haver sinergias entre as forças vivas da Freguesia que promovam infraestruturas de apoio à terceira idade, nomeadamente centros de dia, transporte, apoio domiciliário…

 Apoio aos jovens. Não se tem visto qualquer preocupação da Junta com os jovens estudantes da Freguesia, sendo uma área que não tem merecido qualquer política ou ação que vise promover o sucesso escolar, o apoio ao estudo, a investigação e o prosseguimento de estudos.

AMBIENTE, RECURSOS NATURAIS E LAZER

 Praia Fluvial de Palheiros e Zorro em decadência. Fora da época balnear, uma visita à praia fluvial mostra-nos de forma evidente o desleixo, a falta de manutenção e a degradação das instalações. Em plena época balnear, uma visita mostra-nos um espaço completamente desordenado, sujo, superlotado e barulhento. Os mesmos adjetivos aplicam-se às zonas de acesso e contíguas à praia em ambas as margens. A Freguesia precisa de uma praia fluvial organizada, limpa, devidamente ordenada em termos de acessibilidades, estacionamentos e utilização. É urgente refletir sobre o futuro sustentável da Praia Fluvial.

 O abandono do projeto da rede de percursos pedestres. Ao longo do mandato anterior o executivo da CDU lançou um projeto que contemplava dotar a Freguesia de uma rede de percursos pedestres de “pequena rota”, aproveitando os caminhos agrícolas e florestais e recuperando algumas infraestruturas agrárias ao longo dos percursos. O primeiro destes percursos pedestres, o Trilho Ribeirinho, foi inaugurado em junho de 2013 e, deste então, continua a ser o único percurso pedestre de pequena rota no Concelho de Coimbra. Não só o projeto para outros percursos pedestres não avançou, como se tem assistido à degradação e ao abandono deste trilho na margem esquerda. Não foi efetuada qualquer remarcação do percurso, não foi substituída a sinalética degradada ou vandalizada e a manutenção e limpeza do percurso têm sido muito raras.

 Torres do Mondego, Freguesia Verde? O património natural e a geografia da Freguesia são a sua principal riqueza. Não tem havido qualquer estratégia de valorização dos recursos naturais e do património da Freguesia. É sobretudo necessário atuar no terreno, como sempre o fez a CDU.


INFORMAÇÃO, PRESENÇA NO TERRENO E DIÁLOGO COM A COMUNIDADE

 Tem faltado diálogo com o movimento associativo. Para a CDU, o apoio ao associativismo e às forças vivas da Freguesia é fundamental, assim como é importante o envolvimento destas forças na resolução dos problemas da Freguesia. Este envolvimento permite um trabalho de proximidade com as populações e aumenta a capacidade de mobilização e de atuação dos próprios órgãos autárquicos.

 Informação e comunicação da Junta e Assembleia de Freguesia. Na era digital, as redes sociais não podem substituir-se aos meios tradicionais de informação e divulgação numa Freguesia com uma população tendencialmente envelhecida. Grandes franjas da população continuam a não ter acesso às informações úteis emanadas pelos órgãos da Freguesia.

CONTAS FEITAS…

    …se, por um lado, os programas eleitorais das forças políticas tinham alguns pontos em comum, por outro, há um enorme e gritante distanciamento entre as promessas que constavam do programa eleitoral do PS e o que foi, de facto, concretizado em cada um dos lugares da Freguesia. A Freguesia de Torres do Mondego perdeu nestes três anos parte da sua dinâmica.

A CDU continua presente junto das populações locais, oferecendo diálogo, experiência, competência e disponibilidade para voltar a colocar o Dianteiro, Casal do Lobo, Cova do Ouro, Vale de Canas, Casal da Misarela, Zorro, Palheiros, Carvalhosas e Torres do Mondego na direção certa do desenvolvimento e da melhoria da qualidade de vida das populações.

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