A ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro decidiu em Assembleia Geral distribuir 2 milhões de euros de dividendos aos seus accionistas.
A empresa que integra municípios da Região Centro, mas cujo capital é maioritariamente privado (grupo EGF/ SUMA da Mota Engil) tem aumentado as tarifas de recolha e tratamento de resíduos aos municípios que são também os seus clientes. Esta decisão, segundo os próprios municípios em oposição à medida, acabará por implicar um aumento de tarifas sobre os munícipes.
O PCP condena esta decisão de distribuição de dividendos por uma empresa que gera lucros, mas impõe aumentos de tarifas aos consumidores e que ao longo dos últimos anos tão mal tem tratado os seus trabalhadores.
A ERSUC tem recusado responder às justas reivindicações dos trabalhadores.
Os trabalhadores têm lutado por melhores salários, pelo direito a carreiras e à contratação colectiva, pela aplicação do subsídio de risco extraordinário mas não têm encontrado resposta da ERSUC, apesar de se confirmar que afinal há dinheiro. A empresa do Grupo EGF/Mota&Engil intervém em 36 concelhos do centro (nos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria) e tem cerca de 400 trabalhadores (200 sediados em Aveiro e 200 em Coimbra).
Estas são as consequências das privatizações: Prejuízos públicos, lucros privados e emprego sem direitos.
Deste modo, a vida vem dar razão ao PCP e a todos aqueles que se opuseram à privatização da EGF e não pode deixar de recordar que muitos dos que então aplaudiram a privatização, incluindo municípios da região, estarão agora a ver as suas nefastas consequências.
Populações e trabalhadores podem contar com o PCP.
A luta e unidade dos trabalhadores e populações é fundamental salvaguardar os seus direitos e a qualidade do serviço prestado. Podem contar com o PCP, como sempre, para a defesa dos interesses e da dignidade dos trabalhadores da ERSUC e dos direitos e interesses dos munícipes da região.
A DORC do PCP