Realizou-se mais um almoço convívio anual da Comissão Concelhia de Arganil.
Na iniciativa, onde participaram mais de 80 militantes e amigos do
PCP, intervieram Nuno Lemos, da Comissão Concelhia, Vladimiro Vale,
em representação da Direcção Regional do PCP e Francisco Lopes,
da Comissão Política do Comité Central e deputado do PCP na AR.
Na intervenção de
Nuno Lemos fez-se uma
análise da situação económica, social, cultural e ambiental do
Concelho de Arganil. Situação
que vem
confirmar as preocupações que o
PCP tem
manifestado, quanto à condução política dos destinos do Concelho,
assente numa governação PSD. “Arganil é um Concelho anémico
económica e socialmente, sem projetos de médio e longo prazo, que
perspetivem o seu desenvolvimento.” “A
destruição do aparelho produtivo e deterioração da capacidade
produtiva, particularmente com encerramento de empresas, a diminuição
das áreas de cultivo e florestal e do emprego, o isolamento da parte
norte e sul do concelho por falta de condições nas acessibilidades,
evidenciavam a necessidade de romper definitivamente com esta
política pela defesa de um política patriótica e de esquerda, que
incentive o investimento e a produção local e nacional.”
Reafirmou a reivindicações da
pavimentação da EN 342, afirmando
que “Não pode desenvolver-se um
concelho com más condições de acessibilidades.” Contactou
que “sendo
a floresta uma grande riqueza deste
concelho”. Continua “Sem
a definição de espécies alternativas ao pinheiro bravo, que
continua a ser afetado pelo nemátodo, em continuada expansão com
ocupação dos espaços com mato, eucalipto e espécies parasitárias,
coloca-nos sérias preocupações desde logo em termos económicos,
ambientais e paisagísticas e pelo fato de potenciar o risco de
incêndios florestais.” Fez
referência à luta em defesa da reposição das freguesias
que “ganhou nova dimensão com o projeto de lei apresentado na
Assembleia da República pelo Partido no início do corrente mês. Em
causa estão também as freguesias de Anseriz, Barril de Alva, Cepos
e Moura da Serra. Com a extinção das freguesias perdeu-se
proximidade e responsabilidade política; perdeu-se participação
popular e identidade cultural; perdeu-se capacidade reivindicativa e
aumentou a desertificação e o isolamento.” Por fim fez referência
a “três acontecimentos da maior
importância na vida do Partido – a Festa do Avante, o XX Congresso
e eleições autárquicas
do
Próximo ano.
Francisco Lopes
falou sobre a situação do País. Sobre contratação de Durão
Barroso para a Goldman Sach que apesar de não trazer grande surpresa
para ninguém, clarifica os préstimos que Barroso tem prestado ao
longo de vários anos, aos grupos monopolistas e ao capital
transnacional, enquanto Primeiro-Ministro e como presidente da
Comissão Europeia.” Afirmando que “De resto, esta nomeação não
estará desligada dos seus préstimos nessa guerra de agressão
contra o Iraque, que serviu os objectivos do imperialismo
norte-americano. “ Francisco Lopes, valorizou a recuperação de
direitos e rendimentos alcançados fruto da alteração da correlação
de forças na AR. Mas também sublinhou as limitações da solução
política encontrada, afirmando que “Portugal precisa de abrir um
novo caminho. Precisa de uma política patriótica e de esquerda
capaz de dar resposta a problemas de fundo, como são os do fraco
crescimento económico, do desemprego e dos baixos níveis de
investimento e assegurar condições de vida digna para os
portugueses. Precisa de uma política que assuma a
recuperação da soberania monetária com a libertação do País da
subordinação ao Euro, que inscreva como uma necessidade inadiável
a renegociação da dívida para libertar recursos e decididamente
enfrente o grave problema da dominação monopolista da banca, com a
sua crescente recuperação para o sector público. “