Foi proposto aos trabalhadores um 4º turno, 6 dias seguidos de trabalho por semana com 2 dias de folga sendo que, ao fim de 8 semanas, teriam um bónus de 4 dias de férias, (argumentando que seria uma surpresa para os filhos e restante família). Ao fim de 8 semanas, com este tipo de horário, pressão e ritmos de trabalho, o que de facto se verificará é que os trabalhadores ficarão exaustos com reflexos negativos na sua vida familiar e social. (Exemplo disso, são os reflexos da não rotatividade dos actuais turnos)
A entidade patronal diz, oralmente, que quem aceitasse estas condições seria remunerado com um ordenado base entre os 750 e os 800 euros, com 25% de subsidio de turno, mas como é evidente, deixariam de receber o trabalho extraordinário em dias de descanso complementar ou obrigatório, ou seja, trabalhariam de borla aos sábados e domingos, tendo as suas folgas durante a semana, dias esses em que não conseguem estar com os seus familiares.
Imposição de 4º turno
Trabalhadores recentemente contratados, vindos da empresa de trabalho temporário, assinaram um contrato a termo com a Dan Cake que já incluía cláusulas com este tipo de horário, incluindo o 4º turno e adaptabilidade. O que demonstra a premeditação da empresa.
A estes trabalhadores, como pressão, é dito que se não aceitarem este horário o seu contrato não lhes será renovado, mas aquando da entrevista terá sido dito que o trabalho aos sábados, seria pago como trabalho extraordinário.
Alertamos ainda para o perigo da desregulação de horário introduzido com a alteração da semana de 5 dias, pois deixa à empresa a liberdade de alterar horários a seu belo prazer, fazendo com que os trabalhadores nunca saibam quando folgam ou qual o turno que estarão a fazer.
Discriminação salarial
Alertamos ainda para o perigo da desregulação de horário introduzido com
a alteração da semana de 5 dias, pois deixa à empresa a liberdade de
alterar horários a seu belo prazer, fazendo com que os trabalhadores
nunca saibam quando folgam ou qual o turno que estarão a fazer.
Discriminação salarial
Alertamos
também para a discriminação salarial entre trabalhadores que a empresa
está a provocar, reinsistindo na adaptabilidade, não respeitando a
profissionalização de cada trabalhador.
Perante a resistência de
trabalhadores efectivos da Dan Cake, às condições impostas para este
4º turno, patrões ou seus substitutos estão a chamar trabalhadores um a
um para os convencer da virtude das suas propostas, não contempladas no
contrato colectivo de trabalho, e pressionando-os a assinar, ameaçando
que o horário irá ser alterado quer queiram quer não.
É preciso o aumento do salário
É
no mínimo estranho o procedimento da empresa pois recentemente deu como
resposta aos trabalhadores que reivindicavam um aumento salarial, que
não seria oportuno pois estava em negociação um novo acordo de empresa,
apesar de arrastado.
Então em que é que ficamos? Porquê esta
pressa agora da empresa? Então agora já é oportuno o aumento de salário
só para alguns? quererá a entidade patronal condicionar o futuro acordo
de empresa e impor na pratica a adaptabilidade e a polivalência de
funções.
Os trabalhadores devem exigir à empresa que as
propostas apresentadas sejam por escrito, com tempo suficiente para os
trabalhadores as analisarem.
Com unidade, resistência, coragem e
determinação conseguirão fazer valer os seus direitos. O PCP está
solidário com a justa luta dos trabalhadores. Os trabalhadores sabem que
podem contar com o PCP.