A Comissão Concelhia de Tábua do PCP distribuiu um comunicado sobre vários problemas do concelho, entre os quais o encerramento de escolas e a concentração de todos os alunos do ensino básico no centro escolar em Tábua e na escola de Midões. A Concelhia de Tábua colocou ainda 8 faixas que contestam o encerramento das 8 escolas no concelho.
GOVERNO ENCERRA 8 ESCOLAS DE ENSINO BÁSICO
No novo ano lectivo o Governo com o acordo da Câmara de Tábua preparam-se para encerrar 8 escolas de ensino básico - Ázere, Meda de Mouros,Pinheiro de Coja, Sinde, Varzea de Candosa, Candosa, Espariz e Percelada. Todos os alunos do concelho (do ensino basico) vão agora estudar ou para Tábua ou para Midoes.
Deslocam-se centenas de crianças do seu espaço natural, onde têm as suas raízes, os seus amigos, o seu espaço de brincadeira, o convívio familiar. Muitas delas sairão de casa cedo e regressarão tarde, sem qualquer espaço de tempo para o convívio, nomeadamente o familiar, sem tempo para o estudo. Passarão 10 ou mais horas fora de casa, vivendo uma parte desse período diário em espaços por vezes de difícil enquadramento.
CONCENTRAR ALUNOS É PIORAR A QUALIDADE DE ENSINO
Concentrar alunos conduzirá a aumento do nº de alunos por turma e a maiores dificuldades de acompanhamento por parte dos professores. O afastamento de alunos de tenra idade do local de residencia conduzirá a menor possibilidade de acompanhamento da família e poderá potenciar fenómenos sociais perigosos. O que está na origem desta decisão são opções economicistas e elitistas e não tem qualquer suporte pedagógico. O PCP defende educação como um direito fundamental para o desenvolvimento do País. A educação não pode estar subordinada somente a critérios económico.
A Concelhia de Tábua do PCP abordou ainda situações que derivam da precariedade laboral na Câmara Municipal e as consequências negativas da falta de saneamento em parte significativa do concelho assim como da privatização de serviços públicos no concelho:
NÃO À PRECARIEDADE NA CÂMARA DE TÁBUA!
A Câmara de Tábua tem mais de 30 trabalhadores com contratos a prazo que colmatam necessidades permanentes de serviço, o que influencia a qualidade dos serviços municipais prestados à população do concelho, impede a criação de postos de trabalho no concelho e aumenta a precariedade laboral. O PCP defende que a necessidades permanentes de mão de obra corresponda um contrato de trabalho permanente.
Esta política de contratação de trabalhadores está relacionada com a cada vez maior desresponsabilização da autarquia nos mais diversos serviços.
Concessão/privatização dos transportes escolares; de serviços de limpeza, nomeadamente nas piscinas municipais, da cantina, refeitório municipal.
Esta é a política não serve os interesses da população do Concelho, já tão sacrificado pela sua interiorização.
PRIVATIZAR SERVIÇOS PREJUDICA A POPULAÇÃO
Grande parte do concelho não tem saneamento básico. Apesar da Câmara ter recebido fundos para a construção do saneamento não o fez. No entanto a população já paga com juros como se tivesse o serviço. O PCP é contra qualquer intenção de privatização dos serviços de saneamento e recolha de lixo.
A Concessão e privatização de serviços da responsabilidade da Autarquia significam a desresponsabilização das autarquias e um duplo pagamento de serviços pelos munícipes, como se pode comprovar com as consequências da entrega dos serviços municipalizados às Águas do PLANALTO: população paga a água a um dos preços mais caros do País.