A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH), criada em 1999, é uma unidade orgânica do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC). A Escola instalou-se na zona da Beira Serra do país com o intuito de descentralizar o ensino superior politécnico em Portugal e tornar-se numa força dinamizadora de desenvolvimento regional.
Já há algum tempo que o PCP vem dizendo que são necessárias obras neste pólo e inclusive tem feito propostas para que fossem contempladas no Orçamento de Estado do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, ou PIDDAC do distrito de Coimbra. Conhecemos a importância deste pólo no interior do distrito como factor de desenvolvimento regional, económico e cultural.
O PCP reconhece como fundamental a existência deste pólo no que concerne aos estudantes que a frequentam e cujos direitos e opções devem ser salvaguardados bem como para a região. O director do IPC afirmou e apresentou uma proposta de encerramento desta escola. O encerramento desta escola colocaria em causa o seu contributo para o desenvolvimento regional e seria um factor muito prejudicial para os estudantes que escolheram e frequentam este pólo.O PCP decidiu questionar o governo sobre a situação desta Escola:
• 1- Que garantias dá o governo que a ESTGOH permanece aberta no próximo ano lectivo?
• 2- Que medidas vai tomar para garantir a sua abertura no próximo ano lectivo em Oliveira do Hospital com as condições materiais e humanas adequadas às necessidades concretas?
4- O Governo prevê a inclusão de obras da ESTGOH no próximo Orçamento de Estado para 2012?
Esta situação não pode ser desligada da política educativa que os sucessivos Governos PS, PSD, PSD/CDS-PP têm desenvolvido uma política de sub-financiamento do Ensino Superior Público que conduziu a uma situação de total ruptura financeira das instituições, privatização e empresarialização da sua gestão e elitização do acesso e frequência, com graves consequências para o funcionamento regular e digno das actividades lectivas, e endividamento dos estudantes e suas famílias. Nos últimos 8 anos, as famílias tiveram um aumento de 74,4% com custos relacionados com despesas do ensino superior.
A inexistência de importantes infra-estruturas ou o estado degradado das existentes; a dificuldade de articular os serviços disponíveis com as reais necessidades dos estudantes; a falta de condições materiais e humanas; são exemplos claros das dificuldades resultantes do subfinanciamento crónico e da degradação da qualidade do ensino e das instituições.
Nos últimos Orçamentos do Estado mais de 300 milhões de euros foram cortados por PS, PSD e CDS no ensino superior. Por força do garrote financeiro dos sucessivos governos e agora com o Programa de Agressão da Troika, as instituições do ensino superior estão a viver uma situação muito grave de asfixia financeira, que será ainda agravada se os cortes cegos avançarem.