A concretização do sistema de tratamento de águas residuais de Vinhó, adiada à vários anos, tem colocado sérios problemas de salubridade àquela povoação. No entanto a empresa Águas e Saneamento do Baixo Mondego tenciona implementar um colector em terrenos agrícolas, a menos de um metro da ribeira e atravessando-a mais de meia dúzia de vezes, em cerca de dois quilómetros.
Vários agricultores e proprietários manifestaram o seu desacordo com esta solução e fizeram chegar um abaixo-assinado à Câmara Municipal de Arganil e à empresa Águas e Saneamento do Baixo Mondego, visto considerem que esta solução comporta riscos de destruição de muros de suporte e de condução da ribeira, de poluição dos poços e riscos de poluição da ribeira.
Os subscritores do abaixo-assiando propõem ainda que a passagem do colector seja na berma da estrada municipal pois consideram que serviria muito melhor as habitações dispersas ao longo da mesma, bem como as construções futuras e diminuiria os riscos para a ribeira.
Os subscritores não compreendem, considerando, desde logo, os ricos de poluição ambiental e ecológicos, as razões de ordem técnica ou outras, que justifiquem a implantação do colector ao longo da ribeira.
Solicitando que Ministério Ambiente e do Ordenamento do Território,
que informe do seguinte:
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Este projecto foi alvo de um estudo de impacto ambiental?
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Quais os impactos desta solução em terrenos da Reserva Ecológica Nacional e da Reserva Agrícola Nacional?
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Existe alguma equipa técnica responsável pela avaliação dos impactos ambientais? Se sim quais as conclusões da equipa técnica deste processo?
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Existem razões/estudos que justifiquem a decisão de transferir os esgotos para a ETAR a construir em Casal de S. João, em vez de ser construída uma ETAR em Vinhó, dimensionada à população?