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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA APROVA NOVA RESOLUÇÃO PELO INÍCIO DAS OBRAS DE REPOSIÇÃO, MODERNIZAÇÃO E ELECTRIFICAÇÃO DA LINHA DO RAMAL DA LOUSÃ

Por proposta do PCP, a Assembleia da República, acabou de aprovar uma nova resolução pelo início urgente das obras de reposição, modernização e electrificação da linha do Ramal Ferroviário da Lousã, a concretizar em 2017, com votos a Favor de: PCP, PEV, BE, PSD, CDS-PP e PAN e os votos contra do PS.

Entretanto o PCP manifestou a sua discordância quanto à reactivação do projecto do Metro do Mondego e a sua inclusão no plano de investimentos ferroviários 2016-2020, apresentado pelo BE.

Esta resolução do BE pretende ressuscitar o projecto que foi responsável precisamente pelo desmantelamento do ramal ferroviário da Lousã. O PCP considera que não há qualquer interesse na manutenção da Empresa Metro Mondego nem do projecto que ela representa. A MM apenas tem servido para manter salários e rendimentos da administração e outras despesas e proventos, custando ao Estado cerca de meio milhão de euros por ano. Nenhuma vantagem trouxe ou trará para a mobilidade na Cidade e no distrito.

O Projecto de Resolução do BE aponta para a constituição, com as câmaras municipais envolvidas, de uma autoridade intermunicipal de transportes que fique responsável pela gestão integrada do investimento. Cumpre-nos aqui relembrar que a Metro Mondego começou precisamente por ser maioritariamente detida por três Câmaras Municipais, que rapidamente se aperceberam de que, só por si, não teriam capacidade financeira para o investimento, o desenvolvimento do projecto e, de futuro, para a sua manutenção. O PCP considera que insistir na municipalização do transporte público desresponsabiliza a Administração Central e atira responsabilidades para as autarquias, dando passos para a futura concessão e privatização dos serviços públicos.

O PCP considera que o Ramal da Lousã deve ser devolvido ao serviço público. É uma solução muito mais barata modernizar e electrificar a linha e manter a ligação à rede ferroviária nacional. A opção por uma solução ligeira ou mista e não pela ferrovia não se adequa às características da região e às necessidades dos utentes porque seria mais cara para estes utentes, seria mais lenta, não teria capacidade de transporte de mercadorias e seria, por isso mesmo, menos amiga do ambiente e não estabeleceria, além disso, a ligação à rede ferroviária nacional.

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