Miguel Viegas, deputado do PCP no Parlamento Europeu, deslocou-se mais uma vez ao distrito de Coimbra. No Concelho de Oliveira do Hospital a delegação do PCP reuniu com a direcção do centro de saúde e com a direção do agrupamento de escolas. Mais uma vez estiveram em debate as dificuldades de manter um serviço público de qualidade, num ambiente ainda muito marcado pelas políticas do Pacto de Agressão que impuseram cortes draconianos na despesa pública com efeitos muito concretos ao nível da saúde e da educação.
Ao nível do centro de saúde, a situação da falta de médicos de família foi recentemente atenuada faltando agora pessoal auxiliar e administrativo e enfermeiros, num quadro difícil onde é necessário assegurar o funcionamento do SAP em regime de permanência. Neste SAP, o serviço médico durante o período diurno é da responsabilidade de uma empresa prestadora de serviços, o que representa mais um caso de precariedade extrema. Na sede do agrupamento de escolas de Oliveira do Hospital, onde o PCP já interveio por diversas vezes, realizou-se um ponto de situação relativamente às coberturas de amianto que continuam a existir naquele estabelecimento e cuja resolução estará prevista para os próximos meses.
Depois de mais um dia repleto de visitas, a delegação do PCP foi confrontado com vários problemas, mas também com alguns sinais de otimismo relativamente à sua resolução. O PCP, registando as diversas promessas, muitas delas da responsabilidade do governo central, comprometeu-se a acompanhar e pressionar as instituições até que as soluções cheguem ao terreno, designadamente em relação às dezenas de falsos recibos verdes, muitos deles com mais de cinco anos de permanência, mas igualmente em relação ao plano de remoção das placas de amianto no agrupamento de Oliveira do Hospital. Durante a visita foi ainda abordados os problemas da rede de vias de comunicação no Distrito de Coimbra que apresenta características preocupantes pela não finalização de vias estruturantes e pelo profundo estado de degradação de outras.
O IC6, o IP3 e a EN17 são importantes vias de comunicação, determinantes para a atividade económica, para a revitalização do aparelho produtivo e para a criação de emprego, numa região onde impera o desemprego, o encerramento de empresas e o abandono das localidades, devido ao continuado despovoamento e envelhecimento demográfico.
No entanto: As obras do IC6 encontram-se paradas desde 2010. O IP3 tem troços em estado avançado de degradação a carecer de investimento, obras e melhoria das condições de segurança. A EN17 (Estrada da Beira) encontra-se degradada, sendo que recentes declarações do Ministro do Planeamento e das Infra-Estruturas perspectivam obras de beneficiação", designadamente dentro do concelho de Oliveira do Hospital.