Governo do PS prepara extinção de postos de trabalho
QUALIDADE DA ESCOLA PÚBLICA AMEAÇADA
O governo do PS tem em marcha um violento ataque contra a Escola Pública, impondo autoritariamente, desta feita, a fusão de agrupamentos e escolas secundárias não agrupadas em toda a região. Sucedem-se as súbitas convocatórias de órgãos de gestão, feitas pela Direcção Regional de Educação a mando do governo, para, sem reflexão, sem discussão e sem negociação, ficarem a saber da imediata criação de novos e despropositados agrupamentos de escolas, a partir da extinção inopinada dos que hoje existem. Conta apenas a vontade e errada opção do governo que, como tem sido referido em tais reuniões, obriga a bem ou a mal, ficando de fora qualquer intervenção das comunidades educativas ou dos profissionais da Educação.
É mais uma medida do governo para cortar nas despesas, mais uma vez irresponsável e atingindo quem não deve. Como o PCP tem defendido, há despesas que devem ser cortadas mas o corte de despesas não justifica tudo. Com o encerramento das escolas e o chamado processo de reestruturação da rede escolar, o Governo procura sobretudo desinvestir no ensino público extinguindo centenas de postos de trabalho de trabalhadores docentes e não docentes, mesmo sabendo que este objectivo será sempre atingido à custa da qualidade do ensino.
MEGA AGRUPAMENTOS SÃO ERRO PEDAGÓGICO
Com
a junção de agrupamentos e escolas, nas instituições poderão estar
depositados até 3 milhares de alunos e centenas de trabalhadores
docentes e não docentes, juntando crianças do pré-escolar, do básico e
do secundário. Trata-se de um erro do ponto de vista pedagógico que
tornará impessoais as relações dentro da comunidade educativa e
provocará ainda maiores assimetrias regionais.
O PCP rejeita ainda o cinismo das justificações publicadas em resolução
do Conselho de Ministros para envolver esta medida, pretendendo
convencer, com falsa candura, que se trata de um processo para melhorar a
articulação de percursos educativos dos alunos. Agrupamentos com
milhares de alunos são um ataque directo à Escola Pública. São espaços
desumanizados, sujeitos a lógicas de funcionamento empobrecedoras e
autoritárias, incompatíveis com adequados exercícios profissionais. São
precisamente os percursos educativos das nossas crianças e jovens que se
verão empobrecidos em nome desta intolerável prioridade à extinção de
postos de trabalho.
É PRECISO DIZER BASTA! É PRECISO LUTAR!
O PCP não aceita mais esta medida encapotada e perigosa do PEC e exorta as populações, os trabalhadores das escolas e as autarquias a reagirem contra as imposições que o governo do PS está a levar a cabo na sombra e de forma pretensamente inapelável. Só a luta, sempre em defesa da Escola Pública, Gratuita e de Qualidade, para todos, é que mostrará que as medidas erradas, como as que estão em marcha, não são inevitáveis.