O Partido Comunista Português realiza um conjunto de acções por todo o País ao longo da próxima semana, assinalando a sua história heróica de 100 anos de luta e afirmando hoje o seu projecto de futuro. Face à situação actual, marcada por graves problemas económicos e sociais e de saúde pública, em que a epidemia além dos seus efeitos directos é aproveitada para promover retrocessos, para pôr em causa direitos políticos, económicos, sociais e culturais, afectando profundamente as condições de vida, o PCP não se cala, fará ouvir a sua voz, fará do seu centenário uma jornada de luta, sobre os problemas com que os trabalhadores, o povo e o País se confrontam, de mobilização e exigência para a sua resolução, de defesa e afirmação dos seu ideal e projecto libertador. A semana terá o seu momento culminante no sábado, dia em que se assinala o centenário da fundação do PCP, em 6 de Março de 1921.
«100 anos, 100 acções». No dia do seu centenário, o PCP promove um conjunto de iniciativas por todo o País, sob o lema «Liberdade, Democracia, Socialismo – Pelos direitos, a melhoria das condições de vida e o progresso social. Contra a exploração e o empobrecimento». Nessa data, o PCP trará para a rua a denúncia dos problemas com que o País está confrontado e a exigência de uma política que responda aos problemas, aos anseios e reivindicações dos trabalhadores e do povo português, da alternativa patriótica e de esquerda, pela democracia avançada, pelo socialismo.
No distrito de Coimbra realizar-se-ão, no dia 6 de Março, cinco acções, com concentrações pelas 14h30 e início pelas 15h:
Em Coimbra, no Largo da Portagem, na Figueira da Foz, Junto ao Centro de Trabalho do PCP, em Montemor-o-Velho, na Praça do Município, emPenacova, no Largo Dona Amélia em Penacova e em Soure, na Praça Heróis Coutinho e Cabral.
Destacamos ainda a instalação de 100 bandeiras do PCP em Coimbra, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Penacova e Soure.
No âmbito das comemorações, o PCP realiza uma acção de contacto com os trabalhadores e a população a partir do dia 1 de Março, que culminará na manhã do dia 6 com uma acção dirigida aos trabalhadores das empresas que nesse dia estarão a laborar. Será distribuido um folheto em que o PCP reafirma o seu compromisso de sempre como Partido dos trabalhadores, o Partido que está ao seu lado todos os dias e cujo projecto é indissociável dos seus interesses e aspirações a uma vida melhor, à libertação de todas as formas de exploração e opressão.
No dia 4 de Março, quinta-feira, o «Avante!», órgão central do PCP, sairá com uma edição especial incluindo um suplemento dedicado ao percurso exemplar de 100 anos de luta do PCP e ao seu projecto exaltante que se projecta na actualidade e no futuro, e ainda um poster alusivo ao centenário do PCP. A venda desta edição especial do «Avante!» vai decorrer em todo o País.
A CDU condena veementemente os actos ilícitos que terão sido praticados pelo ex-vereador e presidente do Conselho de Administração dos SMTUC.
Tais actos de favorecimento de familiar agora conhecidos, para além de configurarem um grosseiro atropelo ao regime de incompatibilidades e impedimentos, assumem ainda uma gravidade acrescida pela ocultação aos SMTUC, ao seu Conselho de Administração e à Câmara Municipal, de relacionamento familiar de um ou mais sócios de uma empresa fornecedora de equipamentos com o ex-presidente do Conselho de Administração. Ora, a ligação de uma empresa a familiares seus, obviamente, teria de ser do conhecimento do ex-vereador que contudo o encobriu, demonstrando falta de lealdade e probidade, causando deste modo ainda danos à própria imagem do serviço público.
A CDU exige que se apurem todos os factos, através de rigoroso inquérito aos actos do ex-vereador, apurando todos os eventuais ilícitos, com participação às autoridades judiciais.
A CDU reitera que se continuará a bater nos SMTUC e na Câmara Municipal pelo reforço do serviço público de transportes, prosseguindo o caminho de modernização da frota, de contratação de pessoal, visando o alargamento da rede a todo o concelho de Coimbra e a melhoria da fiabilidade e qualidade do serviço de transportes municipal.
A CDU como sempre sublinha, aquela que é a sua prática, da importância da transparência, do trabalho, da honestidade e da competência.
No âmbito das comemorações do Centenário do PCP, a Comissão Concelhia da Figueira da Foz do PCP realizou uma evocação do revolucionário e construtor do PCP, Agostinho Saboga. A iniciativa simbólica decorreu junto à campa de Agostinho Saboga e companheira, na Figueira da Foz, contou com a participação de militantes do PCP e duas filhas do homenageado.
A intervenção política esteve a cargo de Vladimiro Vale, da Comissão Política do Comité Central do PCP, que sublinhou que Agostinho Saboga é um exemplo de firmeza, coragem e empenho na luta pela emancipação dos trabalhadores e do povo. “Foi posto à prova nas mais duras condições. Conheceu a exploração ainda criança quando começou a trabalhar como operário vidreiro. Conheceu a dureza da luta clandestina, com a sua companheira e seus filhos. Participou no III e IV Congressos do PCP, em tempos difíceis em que a repressão afectou grandemente a organização partidária, conheceu a dureza da repressão e das prisões fascistas, tendo passado 14 anos preso.”
O dirigente do PCP declarou ainda que “é uma honra pertencer e continuar a construir o colectivo Partidário a que pertenceu Agostinho Saboga. Um Partido, nascido da classe operária, sob a influência da Revolução de Outubro, que teve e continua a ter um papel insubstituível. Foi assim na luta contra o fascismo, pela liberdade e democracia; na revolução de Abril, revolução inacabada, mas profundamente transformadora; na luta contra a recuperação monopolista, por uma democracia avançada; e nas lutas do dia a dia por melhores condições de vida. Não houve transformação social de sentido positivo nos últimos 100 anos que não contasse com a luta e intervenção do PCP.
Vladimiro Vale sublinhou que “A grave situação que o País enfrenta não se ultrapassa com o governo do PS amarrado às opções da política de direita, inviabilizando as respostas necessárias à solução dos problemas nacionais. Nem com o PSD, CDS e seus sucedâneos do Chega e Iniciativa Liberal apostados no relançamento do seu retrógrado e antidemocrático projecto de destruição das conquistas que permanecem de Abril e de subversão da Constituição, para impor um brutal retrocesso na vida dos portugueses.”
Afirmou ainda que “O PCP é portador de proposta e de uma alternativa que reclama, na sua concretização, uma ampla frente social e de massas, reclama a intensificação e alargamento da luta, de todas as lutas, pequenas e grandes, da classe operária, dos trabalhadores, o reforço das suas organizações e reclama a construção da unidade em torno da Constituição da República e do projecto de desenvolvimento soberano nela contido, na construção de uma democracia avançada, com os valores de abril no futuro de Portugal, parte integrante da construção do socialismo e do comunismo.”