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No âmbito das comemorações do Centenário do PCP, a Comissão Concelhia da Figueira da Foz do PCP realizou uma evocação do revolucionário e construtor do PCP, Agostinho Saboga. A iniciativa simbólica decorreu junto à campa de Agostinho Saboga e companheira, na Figueira da Foz, contou com a participação de militantes do PCP e duas filhas do homenageado.

A intervenção política esteve a cargo de Vladimiro Vale, da Comissão Política do Comité Central do PCP, que sublinhou que Agostinho Saboga é um exemplo de firmeza, coragem e empenho na luta pela emancipação dos trabalhadores e do povo. “Foi posto à prova nas mais duras condições. Conheceu a exploração ainda criança quando começou a trabalhar como operário vidreiro. Conheceu a dureza da luta clandestina, com a sua companheira e seus filhos. Participou no III e IV Congressos do PCP, em tempos difíceis em que a repressão afectou grandemente a organização partidária, conheceu a dureza da repressão e das prisões fascistas, tendo passado 14 anos preso.”

O dirigente do PCP declarou ainda que “é uma honra pertencer e continuar a construir o colectivo Partidário a que pertenceu Agostinho Saboga. Um Partido, nascido da classe operária, sob a influência da Revolução de Outubro, que teve e continua a ter um papel insubstituível. Foi assim na luta contra o fascismo, pela liberdade e democracia; na revolução de Abril, revolução inacabada, mas profundamente transformadora; na luta contra a recuperação monopolista, por uma democracia avançada; e nas lutas do dia a dia por melhores condições de vida. Não houve transformação social de sentido positivo nos últimos 100 anos que não contasse com a luta e intervenção do PCP.

Vladimiro Vale sublinhou que “A grave situação que o País enfrenta não se ultrapassa com o governo do PS amarrado às opções da política de direita, inviabilizando as respostas necessárias à solução dos problemas nacionais. Nem com o PSD, CDS e seus sucedâneos do Chega e Iniciativa Liberal apostados no relançamento do seu retrógrado e antidemocrático projecto de destruição das conquistas que permanecem de Abril e de subversão da Constituição, para impor um brutal retrocesso na vida dos portugueses.”

Afirmou ainda que “O PCP é portador de proposta e de uma alternativa que reclama, na sua concretização, uma ampla frente social e de massas, reclama a intensificação e alargamento da luta, de todas as lutas, pequenas e grandes, da classe operária, dos trabalhadores, o reforço das suas organizações e reclama a construção da unidade em torno da Constituição da República e do projecto de desenvolvimento soberano nela contido, na construção de uma democracia avançada, com os valores de abril no futuro de Portugal, parte integrante da construção do socialismo e do comunismo.”

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