Jerónimo
de Sousa participou, dia 18, num grande jantar realizado na freguesia
coimbrã de Castelo Viegas, que contou com a presença de centenas de
militantes e simpatizantes do Partido. O Secretário-geral comunista
alertou para as consequências da política do Governo e da troika e
chamou a atenção para uma contradição: Governo e troika, «de relatório
em relatório, de anúncio em anúncio», vão dizendo que o País está «no
bom caminho» ao mesmo tempo que avançam com mais e mais austeridade.
Jerónimo
de Sousa criticou ainda o PS, considerando que este partido tem de
resolver a «contradição insanável» de se afirmar ao mesmo tempo contra
as políticas do Governo e a favor do pacto de agressão assinado com a
troika. Para o dirigente comunista, não é possível estar contra um
conjunto de medidas e a favor do instrumento que as enquadra e
preconiza. É por essa razão, sublinhou, que a direita tem o PS «preso
pelo rabo», pois este partido foi o primeiro subscritor do chamado
memorando de entendimento com o FMI, UE e BCE, que aponta para cortes
nos salários e pensões, para a desregulação da legislação laboral e dos
direitos dos trabalhadores e que «visa fundamentalmente ajudar a banca e
o sector financeiro».