Realizou-se no passado dia 14 de Maio a VI Assembleia da Organização do concelho de Cantanhede, do Partido Comunista Português. Participaram nesta iniciativa Vladimiro Vale da Comissão Política do PCP e Hermínio Martins do Secretariado da DORC do PCP. Neste importante momento para a organização do concelhiado PCP, elegeu-se a nova Comissão Concelhia, discutiram-se os problemas do País e do Concelho de Cantanhede  e traçaram-se as linhas de trabalho para o novo mandato.

A Assembleia realizou-se numa altura em que se assiste uma ofensiva sem precedentes na destruição de direitos fundamentais dos trabalhadores e do povo português. Tal política tem como beneficiários directos os grupos económicos e financeiros e todos os especuladores que se enchem cada vez mais, enquanto o povo, os trabalhadores e os reformados e pensionistas são cada vez mais espoliados. Os executores destas políticas são os partidos da política de direita, isto é, PS, PSD e CDS.

Para contrariar os efeitos nefastos desta política no nosso concelho, o Partido tem de continuar a dar a maior atenção aos problemas dos trabalhadores nas empresas e locais de trabalho. Para isso, deveremos continuar a contactar com os trabalhadores da Mahle, da Lactogal, da Roca, da Frapicela, da Inova, do Hospital Rovisco Pais à porta das respectivas empresas e serviços, fazendo-lhes chegar, regularmente, a mensagem, a informação, as posições do Partido. A organização de células nas empresas e locais de trabalho, ou por sectores de actividade, deve ser uma preocupação sempre presente.

 

Numa altura em que o povo português tem a possibilidade de alterar esta escalada, no próximo dia 5 de Junho com o seu voto, temos também, em Cantanhede, de dar a nossa participação para o contacto de um milhão de pessoas, objectivo definido pelo Partido, para esclarecer e mobilizar para a acção política, no sentido de contribuir para vencer a resignação e o combate à inevitabilidade da política de direita.

Também há que alargar a organização do Partido nas freguesias, procurando reunir e eleger os organismos de direcção respectivos: para além de Ançã, Cantanhede, Tocha, Cadima, Murtede.

O Partido tem mantido viva a luta pela reabertura, a passageiros e mercadorias, do Ramal Ferroviário da Pampilhosa-Cantanhede-Montemor-Figueira da Foz. O Partido luta pela sua modernização e electrificação.

Essa luta tem-se expresso na realização de debates, feitura e colocação de MUPI’s, apoio à promoção de abaixo-assinados, interpelações junto do Governo através da Assembleia da República, com propostas de verbas em PIDDAC, no âmbito dos Orçamentos de Estado, que PS e PSD, juntos, têm inviabilazado. Respeitamos quem não tem outro meio de transporte. O comboio é um transporte de futuro indispensável ao desenvolvimento económico e social do concelho e da região.

A inauguração desta linha, pela Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta, ocorreu em 3 de Agosto de 1882, entre a Figueira da Foz e Vilar Formoso, já lá vão quase 129 anos. A herança deste património tem de ser respeitada pelos partidos da política de direita.

Aqueles que na Câmara e Assembleia Municipal, descobriram tardiamente este problema, quando a linha encerrou, não mexeram uma palha e disso devem ser responsabilizados.

O Governo do PS, que agora se demitiu, preparava-se para, dentro dos critérios que definiu, encerrar já no corrente ano, oito Escolas Básicas no concelho de Cantanhede: a Escola Básica do 1º. Ciclo de Fervença, a Escola Básica do 1º. Ciclo de Aljuriça, a Escola Básica da Taboeira, a Escola Básica de Lemede, a Escola Básica da Gândara, a Escola Básica de Camarneira, a Escola Básica da Varziela, a Escola Báica de Casal de Cadima. As populações destas localidades podem contar com o PCP no apoio às suas lutas em defesa das suas escolas e dos direitos das suas crianças de continuarem a ter uma escola pública e de proximidade.

Tal como aconteceu com a luta vitoriosa das populações, contra o encerramento de cinco extensões de saúde no concelho, com o apoio do PCP, temos de continuar a mobilizar as populações pela defesa e regresso do transporte público, o comboio.