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20141213_viglia_cantanhede_hospital_musp.jpgA Comissão Concelhia de Cantanhede do PCP, apoia os utentes e o Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), na luta contra a privatização do Hospital Público de Cantanhede, Arcebispo João Crisóstomo, que abrange uma população de cerca de sessenta mil utentes no período normal e cerca de oitenta mil na época de verão.

Solidariza-se ainda com a entrega na Assembleia da República de mais de cinco mil assinaturas, e com a Caravana Automóvel, que segundo os organizadores (MUSP), juntou dezenas de carros, com início junto ao Hospital,  e cerca de  cem pessoas, na Vigília junto à Câmara Municipal. Isto é uma clara demonstração da vontade das pessoas em defender o hospital público, integrado no Serviço Nacional de Saúde.

Dado que recolheu mais de 5 000 assinaturas é obrigatório a discussão e votação em Plenário na Assembleia da República. Este momento será um teste aos partidos que de facto defendem os interesses da população e dos utentes, do Serviço Nacional de Saúde e daqueles que, com o aproximar das eleições se colam à luta com o intuito único de captar o voto dos incautos.

A Comissão Concelhia de Cantanhede do PCP exige aos deputados do PS, PSD e CDS, em particular aos eleitos pelo distrito de Coimbra, que à partida deverão defender os interesses do povo de Cantanhede e a Constituição da República Portuguesa, pelo que se exige que votem favoravelmente este abaixo-assinado, no qual se expressa a exigência da sua manutenção na rede nacional dos hospitais públicos, a defesa do Serviço Nacional de Saúde, universal geral e tendencialmente gratuito, tal como prescreve a Constituição da República Portuguesa.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde do governo do PSD/CDS, Fernando Leal Costa, procurando enganar as pessoas, afirma que não se trata de privatizar  do hospital,  mas de cedência da Gestão a privados!  Então isto não é privatizar? A quem pretende enganar o Secretário de Estado?

O Estado investiu nas instalações do hospital, só numa dada fase, cerca de 3,7 milhões de euros, para além de pagar ao senhorio uma nada pequena renda mensal. Se  há dificuldades quanto ao uso das actuais instalações, que o Estado avance para a construção de novas instalações de raiz para hospital.

O ataque  a esta unidade de saúde começou em 2007 com os encerramento das urgências deste hospital, enquanto encerrava a Maternidade do Hospital da Figueira da Foz, os Serviços de Atendimento Permanente; e, decretou a liquidação os 8 hospitais de Coimbra. O governo PSD/CDS continuou esta política e com a portaria nº. 82/2014, de 10 de Abril, excluiu, à socapa,  o Hospital de Cantanhede da relação da rede dos hospitais públicos nacionais, deixando claro o desejo de privatizá-lo.

A somar a tudo isto, conduz uma política de redução de médicos e outros profissionais, diminui os dias de consulta semanais nas extensões de saúde, reduz os recursos humanos no centro de saúde de Cantanhede, encerra extensões de saúde, priva a população de médicos de família, despreza a população idosa e as crianças.

O PCP solidariza-se, ainda, com os profissionais do hospital público na defesa dos seus postos de trabalho ameaçados por este ódio ideológico e político  ao que é público; pela defesa dos seus direitos, da sua dignidade, contra o trabalho precário, por contratos com vínculo efectivo, pelas carreiras, pela contratação de mais profissionais.

Os trabalhadores do Hospital e a população podem contar com o PCP nesta luta.

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