SAÚDE: PCP QUESTIONA GOVERNO SOBRE CONTRATAÇÃO DE ANESTESISTAS NO CHUC
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A confirmar-se, trata-se de um recurso ilegítimo a trabalho temporário porque se trata de suprir funções e postos de trabalho permanentes, num contexto em que o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra não dispõe de um quadro de anestesistas que satisfaça as suas necessidades reais.
Além disso, é uma opção que produzirá efeitos nefastos, pois impede a constituição de equipas bem treinadas e com hábitos de trabalho conjunto, o que seria certamente mais benéfico para utentes e profissionais. A solução não pode passar pelo recurso a trabalhadores com vínculo precário como forma de responder a necessidades permanentes. O caminho a seguir deve passar pela abertura das vagas hospitalares que forem necessárias para colmatar a carência de médicos anestesiologistas no CHUC. O PCP considera inaceitável a precariedade no trabalho, verdadeiro motor de instabilidade e injustiça social que compromete de forma decisiva o desenvolvimento e o perfil produtivo do país. A precariedade não é uma inevitabilidade e o emprego com direitos representa, simultaneamente, condição e factor de progresso e justiça social.
O Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministério da Saúde sobre a situação:
O Governo tem conhecimento desta situação?
Qual o número de médicos especialistas em Anestesiologia de que dispõe o CHUC? Quantos médicos especialistas em Anestesiologia deveria ter o CHUC, por forma a dar resposta às necessidades permanentes dos seus serviços?
Em 2016, quantas cirurgias foram transferidas do CHUC para os hospitais privados da região e qual o montante pago para a sua realização?
Das cirurgias eventualmente transferidas, quantas se relacionam com a falta de médicos especialistas em Anestesiologia?