O PCP tomou conhecimento do encerramento da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Geral dos Covões, bem como da urgência nocturna deste Hospital a partir das 22h. O PCP considera esta unidade, bem como o serviço de urgência nocturna indispensáveis para fazer cumprir o direito à saúde na região centro e designadamente no distrito de Coimbra.
Esta unidade de cuidados intensivos, que estava em funcionamento no período antes do surto epidémico é necessária e indispensável. O serviço de urgência nocturna, que encerrou em 2012 (primeiro fruto envenenado da fusão do CHUC) e reabriu por via da pandemia, mostrou-se também indispensável antes e após o pico do surto epidémico, e vemos como escandaloso o seu encerramento. É inaceitável que à boleia da pandemia o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra encerre estes serviços e prive a população do que são serviços essenciais para a região e para o país. Os sobrecarregados Hospitais da Universidade de Coimbra serão mais uma vez o escape para o acelerado desmantelamento do Hospital Geral dos Covões.
Como o PCP alertou, o processo de fusão dos Hospitais de Coimbra veio agravar a sobrecarga dos serviços, degradar os serviços prestados, bem como as condições dos trabalhadores do CHUC. A reversão da fusão do CHUC é um processo urgente pelo qual o PCP se tem batido e o qual já foi rejeitado anteriormente pelo PS com a abstenção do PSD/CDS e PAN. O projecto de resolução estará novamente em discussão e o PCP apela a quem se tem batido pelo Hospital dos Covões, que faça reflectir e consequentemente decidir este apoio na votação do documento, de modo a garantir a autonomia dos Hospitais de Coimbra.
Não há qualquer justificação válida para o encerramento destes serviços, a não ser o favorecimento do negócio privado da doença, que como temos constatado, tem prosperado nesta região.
O PCP questionará o Governo acerca destas matérias, batendo-se pela defesa do Hospital dos Covões e pela defesa do SNS.