- O aumento geral dos salários, com um significativo aumento do salário médio, concretizando a convergência com a zona Euro em 5 anos; a valorização das profissões e das carreiras; a elevação do Salário Mínimo Nacional para 850 euros a curto prazo, fixando o seu valor em 800 euros durante o ano de 2022;
- O combate à desregulação de horários, a prevenção e garantia dos direitos no trabalho por turnos, a redução geral do horário de trabalho para as 35 horas semanais, sem perda de remuneração nem de outros direitos; a consagração de 25 dias úteis de férias para todos os trabalhadores;
- A revogação das normas gravosas do Código do Trabalho, nomeadamente do regime da caducidade da contratação colectiva e a reposição do princípio do tratamento mais favorável;
- A revogação da Lei do trabalho em funções públicas e a garantia do direito de negociação colectiva na Administração Pública; a revogação do SIADAP e a criação de um sistema justo de avaliação sem quotas; a revisão da Tabela Remuneratória Única; a reposição e valorização do poder de compra perdido na Administração Pública;
- O combate à precariedade, com a garantia de que a um posto de trabalho permanente corresponda um contrato de trabalho efectivo.

Uma delegação da CDU que contou com as candidatas Filipa Malva, Laura Tarrafa e Francelina Cruz reuniu esta semana com a Direcção Regional de Coimbra do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
Durante a reunião foram debatidas as várias dificuldades que estes trabalhadores atravessam no exercício do seu trabalho e na desvalorização da carreira de enfermagem, inserida num profundo ataque ao Serviço Nacional de Saúde.
O excesso de horas extraordinárias, com 21,9 milhões de horas durante o ano de 2021 é demonstrativo da enorme sobrecarga que afecta estes trabalhadores e que mostra que a contratação de mais enfermeiros para o SNS é condição necessária e imprescindível da garantia de cuidados de saúde de qualidade.
A pandemia Covid-19 veio demonstrar o papel insubstituível que os enfermeiros têm para a manutenção do SNS e das suas estruturas. Apesar disso, a sua valorização e a resposta aos problemas que afectam estes trabalhadores tarda em chegar. Na realidade, há enfermeiros com larga experiência profissional, com o mesmo salário que tinham em início de carreira, o que demonstra que há opções políticas de degradação da vida destes profissionais, que têm que ser veemente combatidas.
Foram também debatidas questões centrais da saúde em Coimbra, como seja a paulatina desvalorização do Hospital dos Covões, as dificuldades atravessadas nos cuidados de saúde primários e a falta de condições no que diz respeito à saúde psiquiátrica e à resposta pública no que concerne aos cuidados continuados. Uma estratégia concertada, que visa beneficiar os grupos privados da doença, que prosperam em Coimbra.
A CDU mantém-se ao lado dos enfermeiros, na sua luta pela valorização e dignificação da carreira de enfermagem e na luta em defesa do Serviço Nacional de Saúde e dos seus trabalhadores.